Desde o dia 05 de outubro, o Via Trolebus vem divulgando as propostas das candidatas e candidatos à prefeita ou prefeito na cidade de São Paulo, e nesta quinta chegou a vez de Guilherme Boulos, candidato do PSOL. A série leva em conta as intenções dos candidatos no ponto de vista de mobilidade urbana nos planos de governo divulgados.
Veja também:
- Propostas de Bruno Covas;
- Propostas de Andrea Matarazzo;
- Propostas de Arthur do Val;
- Propostas de Celso Russomanno;
- Propostas de Vera Lúcia;
- Propostas de Orlando Silva;
- Propostas de Felipe Sabará;
- Propostas de Jilmar Tatto;
- Propostas de Joice Hasselmann;
- Propostas de Marcio França;
Boulos fala em criar uma autoridade metropolitana de transportes além de implantar gradativamente a tarifa zero, a começar pelos desempregados e estudantes. Diz que vai auditar ou renegociar os contratos vigentes das empresas de ônibus, e alargar calçadas, priorizando a mobilidade ativa (ciclistas e pedestres). Fala também em acelerar o processo de substituição da frota por veículos elétricos.
Confira as propostas:
•Criar, junto aos demais municípios e governo do estado, uma Autoridade Metropolitana de
Transportes Urbanos da Grande São Paulo;
• Cumprir a Lei Nacional da Mobilidade Urbana. São Paulo deve projetar, coordenar e gerir o
transporte público e a mobilidade na cidade, incluindo planejar e determinar onde o metrô
será construído, sempre de acordo com o planejamento municipal e metropolitano;
• Implementar a Tarifa Zero, começando por assegurar a gratuidade a desempregados e
estudantes;
• Constituir um fundo municipal para o financiamento do sistema, com aportes de origens
diversas; renegociar o vale-transporte para torná-lo fonte de recursos para financiar o sistema como um todo e lutar no âmbito federal para tornar concreto o direito social ao transporte, previsto na Constituição;
• Auditar e renegociar os contratos existentes de modo a viabilizar a implantação da Tarifa
Zero. Enquanto isso, avançar numa política tarifária que seja cada vez mais subsidiada e
menos reguladora da demanda pelo sistema;
• Dispor de estrutura e procedimentos para auditar com transparência e independência os
contratos do sistema de transporte por ônibus. O modelo atual favoreceu as empresas em
detrimento dos interesses sociais, como, por exemplo, na forma de remuneração por “produtividade”, que é, na realidade, por maior lotação nos veículos;
• Por conta da pandemia, desinfectar os ônibus e dimensionar as ordens de serviço de operação para que se tenha uma ocupação máxima de um passageiro em pé por metro quadrado;
• Manter a política de redução de velocidades, comprovadamente eficaz na redução do
número de acidentes e da mortalidade no trânsito;
• Alargar calçadas, priorizando a mobilidade ativa;
• Planejar e aumentar segurança e qualidade do transporte de bicicletas, investindo na
criação e integração entre ciclovias, terminais de ônibus, estações do metrô e os demais
modais;
• Garantir infraestrutura de suporte para ciclistas na cidade, como bicicletários cobertos, no
entorno das estações desses transportes;
• Integrar os bicicletários com o sistema de Bilhete Único da cidade de São Paulo;
Revisar e aumentar o tempo das integrações com maior facilidade para emissão do Bilhete
Único;
• Discutir a implementação do escalonamento de horários de atividades na cidade como
método para reduzir a concentração de pessoas em horários de pico;
• Acelerar o processo de substituição da frota por veículos elétricos ou de outras energias
limpas;
• Concentrar na SPTrans todos os controles do serviço;
• Criar linhas que circulem dentro dos bairros, diurnas e noturnas. Ônibus noturnos são fundamentais para permitir usufruir tudo o que a cidade proporciona;
• Incentivo à economia solidária local, contribuindo para reduzir o fluxo pendular casa/
trabalho;
• Ampliar a conexão Wi-Fi nos ônibus, terminais e corredores;
• Ampliar corredores de ônibus com a infraestrutura necessária, pontos de ultrapassagem e
36
paradas;
• Estabelecer políticas que visem a denúncia, o combate e a eliminação de práticas de assédio sexual contra as mulheres nos transportes públicos;
• Os aplicativos de mobilidade permitem uma forma de renda para muitas pessoas em situação de pandemia e recessão. É preciso, porém, garantir direitos trabalhistas aos motoristas
explorados por empresas que, por sua vez, utilizam a cidade e seu viário como capital para
seu negócio e devem aumentar a sua contribuição para sua manutenção.
comentários