O Metrô de São Paulo vai contratar análises para desapropriações de terreno do futuro pátio da Linha 19-Celeste, que deve ligar as cidades de São Paulo e Guarulhos.
No Diário Oficial a operadora informou que vai contratar a “prestação de serviços técnicos especializados de arquitetura e engenharia para cadastro individual de imóveis e avaliação imobiliária individual de imóveis, para fins de desapropriação das áreas necessárias para a implantação do pátio Vila Medeiros da linha 19-celeste”. A Sessão pública de recebimento de documentos e propostas deve ser realizada em 07 de dezembro de 2023.
O futuro pátio deve abrigar a frota de 31 composições e complexos de manutenção. O futuro Pátio Vila Medeiros deve servir o eixo de transporte de massa, que vai do centro da capital na estação Anhangabaú, até o Bosque Maia em Guarulhos. Curiosamente, o bairro em si não terá uma estação, e a mais próxima aos moradores será a futura Jardim Julieta.
O futuro local poderá ser construído no limite entre os dois municípios, no cruzamento entre as Rodovias Dutra e Fernão Dias, conforme mapa abaixo extraído do “EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental da Linha 19 – Celeste”:
O local conta com uma grande área aparentemente desocupada e sem uso, e está as margens do Rio Cabuçu. Há ainda, de acordo com as informações no relatório, a previsão de desapropriação da garagem de uma empresa de ônibus que atua na zona norte de São Paulo.
Está previsto para o Pátio Vila Medeiros:
• 48 baias para trens estacionados;
• 11 baias exclusivas para manutenção e limpeza;
• Edifício administrativo;
• Subestação;
• Estacionamento para funcionários.
Em 2020, o Via Trolebus conjecturou que o local do pátio poderia ser na área apresentada acima.
As duas fases da Linha 19, a primeira sem Guarulhos
O futuro pátio será quase anexo a estação Jardim Julieta, que na primeira fase da Linha 19 será o terminal (ou ponto inicial em direção a Anhangabaú). Apenas a segunda fase do projeto prevê a chegada dos trens até Guarulhos.
A informação não é nova, e em 2021 uma publicação do Diário Oficial do Estado mostrava um panorama do projeto e algumas diretrizes sobre implantação da Linha celeste.
O governo prevê entregar primeiro o trecho Cerealistas– Jardim Julieta. Uma das hipóteses é por conta da localização do pátio. A demanda estimada para a operação comercial do trecho Anhangabaú – Bosque Maia – Guarulhos é de 580.470 passageiros por dia útil. Deve ter 15 estações e 17,6 km.
Estações da Linha 19-Celeste abordadas em artigos do Via Trolebus, a partir do EIA/Rima:
- Estação Anhagabaú;
- Estação São Bento;
- Estação Pari; (renomeada para Cerealistas);
- Estação Silva Teles;
- Estacionamento Belém;
- Estação Catumbi;
- Estação Vila Maria;
- Estação Curuçá (renomeada para Santo Eduardo);
- Estação Jardim Japão (renomeada para Cerejeiras);
- Estação Jardim Brasil (renomeada para Vila Sabrina);
- Estação Jardim Julieta;
- Pátio Vila Medeiros;
- Estação Itapegica;
- Estação Dutra;
- Estação Vila Augusta;
- Estação Guarulhos (Renomeada para Guarulhos-Centro);
- Estação Bosque Maia;
Estudos até 2024
O Metrô de São Paulo ampliou prazo de contrato para a elaboração do projeto básico de engenharia e arquitetura da Linha 19-Celeste, que vai ligar São Paulo e Guarulhos.
O encerramento do contrato com o consórcio MNEPIE (Maubertec, Nova Engevix, Pólux, EGT e Intertechne) foi adiado para julho do ano que vem. Já o término dos serviços ocorrerá até março de 2024. Também ficou mais caro de R$ 93,1 milhões para R$ 95,9 milhões (acréscimo de R$ 2,73 milhões).
Durante a Comissão de Infraestrutura, de Atividades Econômicas e de Transportes e Comunicações ocorrida na semana passada na Assembleia Legislativa, o secretário de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, explicou que foram encomendados estudos do International Finance Corporation (IFC) para as linhas 19-Celeste e 20-Rosa, e que no final de 2024 toma a decisão se qual é a prioridade ou se são as duas. “Só no ano que vem eu vou conseguir dizer, é viável e como vamos conseguir fazer”.