Metrô SP

O que fazer em caso de emergência no metrô?

Renato Lobo | Via Trolebus

Milhares de pessoas utilizam o metrô em São Paulo todos os dias. Nas linhas 4 e 5, por exemplo, são cerca de 1,2 milhão de pessoas por dia útil. Com todo esse volume de gente, não é raro ocorrências que envolvem mal súbito dos passageiros.

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô fecharam o primeiro semestre deste ano com 2.729 atendimentos a passageiros com mal súbito. Segundo as operadoras, é comum o acionamento do botão de emergência, porém, o correto é usar o intercomunicador para falar diretamente com o operador do trem ou o CCO (Centro de Controle Operacional). Isso garante o atendimento mais rápido, incluindo o de primeiros socorros, sem afetar a operação dos trens.

De acordo com a ViaQuatro, concessionária responsável pela manutenção e operação da Linha 4-Amarela, os agentes fizeram 1.027 atuações em casos de mal súbito durante a primeira metade de 2023, enquanto a ViaMobilidade atendeu 1.702 casos pela Linha 5-Lilás no mesmo período. Em média, foram 15 pessoas por dia atendidas nas duas linhas de metrô.

Uso correto de dispositivos

Em casos de mal súbito, o passageiro deve usar o intercomunicador para conversa diretamente com o operador de metrô (no caso da Linha 5-Lilás) ou o CCO (Linha 4-Amarela), a fim de acionarem os agentes na estação seguinte para prestação dos primeiros atendimentos ao paciente. Quanto ao botão emergencial, a utilização somente é recomendada em situações de evacuação da composição, como incêndio e emissão de fumaça ou um incidente de conflito entre os usuários.

“Quando o botão emergencial é acionado 150 metros depois da estação, o trem só para na próxima plataforma. Agora, se o acionamento acontece em um raio de 150 metros antes da estação, o trem para no meio do percurso, dentro do túnel e fora da plataforma”, diz Ricardo de Almeida, gerente executivo de atendimento da ViaMobilidade.

Já o uso do intercomunicador impede que o trem pare fora da plataforma e impacte a operação, o que poderia atrasar o atendimento de primeiros socorros. Dessa forma, em situações de mal súbitos, os agentes já ficam de prontidão na plataforma seguinte para a retirada do passageiro e início do atendimento pré-hospitalar na estação, enquanto o trem segue viagem.

Se for necessário, o passageiro é encaminhando para uma sala de atendimento dentro da própria estação para um pré-atendimento, e se for necessário ainda, o usuário é levado ao hospital. Em casos mais graves, há nessas salas desfibrilador, equipamento que trabalha com a emissão de correntes elétricas diretamente no coração do paciente que sofreu arritmia cardíaca.

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Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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