Aviação

Turkish Airlines pode “repensar” pedidos da Boeing

Uma publicação da Bloomberg diz que o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, pode “repensar” uma compra da Turkish Airlines por aeronaves da Boeing. A declaração vem em meio a importantes desenvolvimentos em aquisições relacionadas à defesa em relação aos EUA e seu aliado da OTAN, a Turquia.

A companhia aérea é uma das maiores do mundo, no ponto de vista do tamanho da frota e pelos países atendidos. É controlada em 49% pelo estado, e opera uma frota mista da Airbus e da Boeing. Fez um pedido firme para 50 modelos 737 MAX e 20 737 NGs em 2013, com opções para um adicional de 25 MAXs. Além disso, a operadora finalizou um acordo para 25 aeronaves 787 e cinco outras opções.

Segundo as publicações do acadêmico turco Can Kasapoğlu , o estado turco pode estar buscando uma mudança em sua defesa e estratégias geopolíticas.

Por um lado, a Turquia é membro da OTAN desde 1952 e, como tal, tem sido um aliado próximo dos EUA e da Europa. A estratégia amplamente dominada pela Otan e que dominava os caças tornava a Turquia um parceiro ideal do programa Joint-Strike-Fighter.

Porem, desde o envolvimento inicial da Turquia com o programa F-35, em 2002, o país, como muitos outros, levantou preocupações em termos técnicos e de custos.

Do outro lado da equação, Turquia e Rússia compartilham imperativos geopolíticos no Cáucaso, no Mediterrâneo e no Oriente Médio. Além disso, a Força Aérea Turca, talvez seja parcialmente prejudicada com o programa e a estratégia do F-35, também procurou aumentar suas capacidades defensivas através da compra das aeronaves russas S-400.

Se a Turquia realmente cancelar com a Boeing, será mais um duro golpe para a fabricante norte-americana, que está em meio a crise do modelo 737.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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