Renato Lobo | Via Trolebus
Trem de Carga

Etanol transportado por trens vai reduzir 17 mil viagens de caminhões no Brasil

Uma nova aquisição de vagões de carga deve ajudar a reduzir o fluxo de caminhões entre o centro-oeste e sudeste brasileiro. A GBMX – Greenbrier Maxion está fornecendo 50 vagões tanque para o transporte de biocombustível, em parceria com a Inpasa e a Rumo Logística.

Os novos vagões serão usados para o transporte de carga na rota entre Rondonópolis no Mato Grosso e Paulínia em São Paulo. Serão 1,2 mil quilômetros percorridos em cada viagem. Foram investidos R$ 91 milhões, sendo 50 vagões e duas locomotivas compradas pela fabricante de etanol. Os doze primeiros carros produzidos pela GBMX já estão em operação pela Rumo.

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Gustavo Mariano, Diretor Comercial da Inpasa, contou ao Via Trolebus que serão transportados 400 milhões de litros de etanol de milho por ano. “O biocombustível vem tomando cada vez mais espaço. Para nós tem uma relevância muito grande. Temos a substituição de 17 mil viagens rodoviárias anuais por entrega diretamente nos vagões.”

Já Mario José Coura Ribeiro, Diretor de Engenharia da GBMX, lembrou da importância no investimento do modal ferroviário para redução de poluentes. “Este é um projeto sensacional uma vez que a gente está falando de contribuição para matriz de transporte do nosso país, principalmente com um modal que vai permitir a redução de CO2”. Segundo ele, cada vagão transporta 2 mil de litros a mais que sua versão anterior.

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Fabio Henkes, diretor comercial da Rumo, contou ao site que a parceria não é nova e que será importante para o transporte deste tipo de combustível.

“É mais um passo em nossa parceira. A gente já vem transportando produtos produzidos pela Inpasa há três anos. O etanol de milho é produzido no Mato Grosso. Agora a gente da mais um passo nessa parceria acrescentando capacidade, colocando novos vagões na operação e trazendo ainda mais volume para esse fluxo que é super importante”.

Vicente Abate, presidente da ABIFER – Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, lembrou que não foi a primeira aquisição recente de vagões tanque, e que é um mercado a ser pavimentado. “É um novo mercado que se abre. Nós tivemos há alguns meses a entrega de vagões tanque similares para o transporte de etanol de milho para outro cliente que comprou 80 vagões na época, e agora a Inpasa compra 50 vagões. É o usuário da ferrovia comprado vagões”.

Os vagões foram desenvolvidos e fabricados pela Greenbrier Maxion, a maior operação ferroviária da América do Sul, em aço com baixa liga estrutural, com alta resistência mecânica e à corrosão atmosférica e com capacidade para 105 mil litros. Os veículos foram projetados para o carregamento superior e descarregamento inferior, com descarga central, além de serem equipados com o Engate tipo “E” Double Shelf com haste “F”, com operação rotativa inferior, mais robusto e antidesacoplamento, e com válvula sensora de carga.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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