Metrô SP

O que se sabe sobre os novos trens da Linha 16 do Metrô?

Os novos trens da futura Linha 16-Violeta do Metrô, eixo metroviário que deve ligar a Cidade Tiradentes e Oscar Freire, devem conter tecnologias diferentes dos atuais, algumas já previstas nas 44 novas composições que a operadora deve adquirir em breve. O futuro eixo metroviário deve ter seu anteprojeto de engenharia seguido do projeto básico elaborado em breve.

De acordo com o Projeto Diretriz do novo empreendimento, a grande frota de 71 composições deve ter as portas do tipo corrediça externa ou semi plug (portas do tipo plug com eixo vertical de rotação e portas do tipo corrediça interna não serão aceitas), todas com proteção contra o arraste acidental das mãos dos passageiros para o interior do estojo, parte entre a folha de porta e a lateral da caixa, durante a sua abertura. O esquema de portas é parecido com o da frota M do monotrilho da Linha 15-Prata.

Metrô de Paris. Abertura das portas por corrediça externa

Os trens deverão ter ainda nos carros de extremidade, um indicador de destino do tipo painel de LED de alta intensidade. Em todos os carros, no lado interno ao salão de passageiros, sobre cada uma das portas, deve haver um mapa de linha dinâmico, contendo o nome de todas as estações, integrações com outras linhas metropolitanas e previsão para futuras extensões.

Em cada extremidade dos carros deve existir um painel de LED para comunicação visual luminosa no salão de passageiros. Os painéis devem apresentar a informação em sincronia com as mensagens divulgadas pelo sistema de sonorização, além de data e hora.

Fonte: Metrô de SP

Estações da Linha 16 abordadas em artigos do Via Trolebus:

Trem sem condutor.

Outra novidade, que segue o mesmo padrão dos 44 novos trens para a Linha 2-verde, é a tecnologia driverless presente nos novos veículos. Os carros terão sistema UTO – GoA4 (nível 4), sendo a última na escala de autonomia. Outro detalhe da frota é que ela será alimentada por terceiro trilhos, além de passagem livre entre os seis carros previstos.

As principais características dos carros são:
• Nível de automação do material rodante UTO – GoA4 (nível 4);
• Quatro portas laterais para acesso dos passageiros de cada lado dos carros;
• Tensão (nominal) de alimentação elétrica por 3º trilho em 750 Vcc;
• Bitola nominal do rodeiro de 1.435 mm;
• Modos de operação, automático (CBTC), manual controlado e manual;
• Capacidade de carregamento mínimo para transporte AW3 (seis passageiros em pé/m² +
passageiros sentados – mínimo de 210 assentos) de 1.500 passageiros e AW4 (oito passageiros em
pé/m² + passageiros sentados) de 2.000 passageiros;
• Carga máxima por eixo com carregamento AW5 (10 passageiros/m² + passageiros sentados)
de 17,5 toneladas;
• Aceleração de partida de 1,12 m/s²;
• Frenagem de serviço nominal (elétrica ou atrito) de 1,20 m/s²;
• Frenagem de emergência nominal de 1,50 m/s²;
• Velocidade operacional máxima de 80 km/h;
• Velocidade de projeto de 90 km/h;
• Tempo máximo para atingir 80 km/h a partir do repouso com carga (AW4) de 33 s;
• Rampa máxima da via de 50‰;
• Diâmetro da roda nova do trem, Ø 830 ± 1 mm (Ø 740 mm para roda no limite de utilização);
• Altura do piso acabado do salão em relação ao topo do boleto do trilho na região dos truques
com carro vazio (AW0) de 1.050 ± 10 mm;
• Distância entre o centro da via e a linha de centro do terceiro trilho de 1.470 (0 +5) mm;

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

Via Trolebus