A futura Linha 16-Violeta do Metrô, ligação metroviária entre as estações Oscar Freire e Cidade Tiradentes, deve promover mais uma ligação da Zona Leste de São Paulo com as zonas centrais, além de promover a redistribuição dos passageiros na malha metroferroviária.
Algumas estações terão papel importante para as futuras conexões, como a tripla conexão em Paraíso, entre as linhas 1-Azul, 2-Verde e 16. A medida que se amplia as baldeações, é alterado o perfil de deslocamento, inclusive em estações antigas que não estão previstas conexões.
É o caso de Ana Rosa, que segundo o anteprojeto do novo eixo metroviário, “recomendam-se também melhorias na estação…tornando-a mais atrativa, levando à redução do número de passageiros que utilizam a estação Paraíso para realizar a integração entre Linha 1-Azul e Linha 2-Verde.”
O Metrô analise que assim como para a estação Paraíso, “foram atribuídas as porcentagens considerando o potencial de captação de usuários integrados com as melhorias na estação.”
Em outras palavras, as duas estações que conectam as linhas 1 e 2 vão receber mais passageiros.
Além do aumento no uso da estação por conta da Linha 16, é esperado ainda um incremento no movimento com a extensão da Linha 2 até a Dutra, o que justifica ampliação nas rotas das plataformas.
Estações da Linha 16 abordadas em artigos do Via Trolebus:
- Estação Paes de Barros;
- Estação Lins de Vasconcelos;
- Estação Rio das Pedras;
- Estação São Carlos;
- Estação Santa Marcelina;
- Estação Paraíso;
- Pátio Henry Ford;
- Estação Vila Bertioga;
- Estação Jardim Brasília;
- Estação Álvaro Ramos;
- Estação Renata;
- Estação Anália Franco.
“Foi considerado que os passageiros não fariam percurso negativo na rede, implicando em 100% e 0% a depender da sua rota. Para os percursos que percorrem a mesma quantidade de desníveis em ambas as estações, considerou-se uma proporção maior de integração na estação Ana Rosa (60%), devido a menor distância horizontal entre as plataformas. Para os fluxos cujo percurso na estação Ana Rosa possui um desnível a mais a vencer em relação à estação Paraíso, considerou-se uma proporção mínima de 50%. Partindo desses dados, o período crítico será o pico da tarde. Para o atendimento exclusivo por escadas rolantes, seriam necessárias cinco delas em cada plataforma.”
Nos dias atuais, a plataforma da Linha 1-Azul possui três escadas rolantes e duas escadas fixas. O estudo da linha 16 propõe a substituição das escadas fixas existentes por escadas rolantes e a adição de mais três escadas fixas de 2,25 m de largura cada, para atendimento do tempo mínimo de evacuação da plataforma definida pela IT-45 do Corpo dos Bombeiros de São Paulo.
Atualmente, a plataforma da Linha 2-Verde possui três escadas fixas, com 3,5 metros de largura cada, que ficam na parte norte da parada. A configuração do mezanino de bloqueios e a posição dos acessos impedem a instalação de novas escadas na porção sul da plataforma, limitando as possibilidades de intervenção.
Seria feita então a substituição das escadas fixas existentes, de 3,5 metros de largura, por um conjunto de uma escada rolante e uma escada fixa menor, de 1,8 metro, além da implantação de uma escada fixa na ponta norte da plataforma, totalizando três escadas rolantes e quatro escadas fixas.
Para receber as escadas da ponta norte das plataformas no mezanino, será necessária a criação de um mezanino metálico apoiado na estrutura existente. O pé-direito é reduzido nesse trecho, sendo necessário rebaixar o mezanino metálico para garantir um pé-direito mínimo de 2,30 metros.
O relatório aponta ainda que o tal rebaixamento é compensado por um trecho em piso inclinado de cerca de 3%. Na direção das chegadas das escadas, propõe-se a demolição de parte da parede entre as estações, criando uma passagem para integração entre as linhas.
O relatório diz, entretanto, que “as intervenções citadas foram avaliadas de maneira preliminar“. “No anteprojeto de engenharia / projeto funcional, essas soluções deverão ser aprofundadas junto às demais disciplinas e partes interessadas à luz do faseamento da execução com a estação em operação. Por ser uma intervenção em estação existente, recomenda-se a verificação e a atualização, se necessário, das bases de projeto.”