A IATA – Associação Internacional de Transportes Aéreos alertou que a crise do coronavírus resultará em danos semi-permanentes ao setor de transporte aéreo e poderá diminuir a receita de passageiros até meados de 2024, segundo relata o site Flight Global.
Durante sua última atualização semanal sobre a pandemia, a Associação previu que a receita de passageiros-quilômetro (RPKs) diminuiria para menos de 4 bilhões por ano em 2020, em relação aos 8 bilhões antes do surto da doença, que aumentou o distanciamento social, fechou fronteiras, e mergulhou o setor em uma das suas piores crises.
“Acreditamos que os efeitos da Covid nas viagens aéreas certamente durarão vários anos, sem rebotes rápidos para os níveis de 2019, ao contrário da previsão atual do PIB”, diz o economista-chefe da IATA, Brian Pearce.
Um indicador analisado de como as viagens podem retornar pode ser encontrado no mercado chinês. Dados da IATA mostram que, com a reabertura da economia chinesa, a confiança das empresas no país se recuperou, embora em um nível ainda mais baixo do que antes do início da crise do coronavírus.
No entanto, houve uma recuperação muito mais lenta no tráfego de passageiros de companhias aéreas. “É claro que as viagens aéreas atrasarão a recuperação nas economias domésticas, porque os consumidores em particular precisarão da confiança … para começar a se envolver em gastos discricionários”, diz Pearce.