Os primeiros Airbus A380 acabaram sendo desmontados porque o custo do aeronave em segunda mão era inviável ao passo em que a venda das peças era um negócio mais lucrativo.
Mas este cenário pode mudar, uma vez que a fabricante está planejando reduzir o custo da aquisição de superjumbo em segunda mão por meio de uma nova parceria com a Singapore Airlines, visando refinar o processo de reforma.
Um dos maiores custos envolvidos na aquisição de uma nova aeronave, além da própria compra, é configurá-la internamente para a companhia aérea. As empresas aéreas estão instalados novos componentes, para melhorar a experiência do passageiro.
Mas esta nova tendência de mercado tem sido o calcanhar de aquiles na aquisição do A380 usado e até a permanência do superjumbo em operação.
A exemplo das grandes aeronaves da Air France, o custo para reconfigurar a cabine era em trono de US$ 38 milhões, e o valor acabou ajudando a companhia francesa a adiantar a aposentadoria do avião de quatro motores. O mesmo ocorreu com a British Airways, que acabou escolhendo o modelo 777-9 da Boeing, em vez do A380 usado.
“A HMSS é especializada em manutenção pesada do A380 e nos principais componentes. Acabou de concluir o primeiro retrofit de cabine para a SIA. Portanto, usaremos o HMSS MRO como uma vitrine para demonstrar que podemos oferecer grandes atualizações do A380 de maneira competitiva.” – diz Remi Maillard, vice-presidente sênior de serviços da Airbus.
A Airbus Services está trabalhando com a SIA Engineering Company para modernizar 14 aeronaves A380 da frota existente da Singapore Airlines.