A Boeing possui mais de 400 aeronaves 737 MAX em estoque, sem poder entregá-las a seus clientes até que a proibição de operação seja suspensa.
A fabricante planeja suspender a produção do 737 MAX em janeiro do próximo ano. Apesar do fato de a aeronave estar aterrada desde março de 2019, a fabricante manteve a produção do MAX em andamento.
A empresa emitiu um comunicado sobre as 400 unidades, publicados em diversos sites do setor:
“Durante o aterramento do 737 MAX, a Boeing continuou a construir novos aviões e agora existem aproximadamente 400 aviões em armazenamento. Declaramos anteriormente que avaliaríamos continuamente nossos planos de produção caso o aterramento do MAX continuasse mais do que esperávamos. Como resultado dessa avaliação em andamento, decidimos priorizar a entrega de aeronaves armazenadas e suspender temporariamente a produção no programa 737 a partir do próximo mês.”
A Boeing não conseguiu entregar essas aeronaves acabadas a seus clientes e as armazenou em suas instalações em Seattle. Alguns estacionamentos dos funcionários estão sendo convertidos em depositos de aviões.
A suspensão do 737 MAX
O modelo MAX foi envolvido em dois acidentes, que vitimaram 346 pessoas, e as atenções se focaram no novo Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS), que pode abaixar o nariz da aeronave automaticamente quando um sensor indica que o estol é iminente.
Dados de rastreamento de satélites mostraram que, após a decolagem, as duas aeronaves passaram por flutuações extremas na velocidade vertical. Os pilotos declararam no radio que estavam com problemas nos controles de voos e pediram para retornar ao aeroporto.
Enquanto as aeronaves estão fora de serviço, a Boeing está desenvolvendo e validando uma correção no software para corrigir o MCAS, que estará sujeito a uma análise de agências reguladoras ao redor do mundo.