De acordo com um relatório recente publicado pelo Wall Street Journal, a Boeing deve suspender a produção do 737 MAX até meados de janeiro.
“Declaramos anteriormente que avaliaríamos continuamente nossos planos de produção caso o aterramento do MAX continuasse mais do que esperávamos. Como resultado dessa avaliação em andamento, decidimos priorizar a entrega de aeronaves armazenadas e suspender temporariamente a produção no programa 737 a partir do próximo mês.”– diz um comunicado da fabricante.
Toda a crise com 737 começou após dois acidentes aéreos, que vitimaram 346 pessoas. O modelo foi impedido de voar até que sejam feitas todas as correções.
A Boeing provavelmente será forçada a dispensar trabalhadores envolvidos na produção do 737 MAX. Além disso, todos os fornecedores que enviaram motores, componentes, assentos, poderão ter algum tipo de problema, com a paralisação da produção.
Por que o 737 MAX está impedido de voar?
Até março de 2019, o 737 MAX já tinha se envolvido em dois acidentes fatais em um período de cinco meses, aumentando as preocupações sobre sua segurança e sugerindo que operadores e agências reguladoras ao redor do mundo suspendessem a operação da aeronave.
Nos dois acidentes, as atenções se focaram no novo Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS), que pode abaixar o nariz da aeronave automaticamente quando um sensor indica que o estol é iminente. Dados de rastreamento de satélites mostraram que, após a decolagem, as duas aeronaves passaram por flutuações extremas na velocidade vertical. Os pilotos, em ambas as aeronaves, declararam no radio que estavam com problemas nos controles de voos e pediram para retornar ao aeroporto.
Enquanto as aeronaves estão fora de serviço, a Boeing está desenvolvendo e validando uma correção no software para corrigir o MCAS, que estará sujeito a uma análise de agências reguladoras ao redor do mundo.