A palavra “Cartel” esteve presente nos últimos noticiários ligados a transporte público na cidade de São Paulo. Procurando no dicionario sobre o termo, encontramos: “Acordo comercial entre empresas, que se organizam numa espécie de sindicato para impor preços no mercado, suprimindo ou criando óbices à livre concorrência”. Confesso que este tipo de acordo, ainda que seja errado, não me causa estranheza, já que sou Brasileiro, não desisto nunca, e já estou acostumado a ligar políticas públicas a corrupção. Bem, aí que mora o perigo.
O grande acordo esta presente em todas as esferas políticas, mas você deve se perguntar o que o usuário tem haver com isso, já que seria natural que empresas usassem destas artimanhas pata obter o maior lucro.
O grande problema, é que o esquema entre empresas que operam linhas de ônibus, ou participam da construção de linhas de Metrô/Trem afetam diretamente a vida de milhões de pessoas. Dou exemplo: Em São Paulo, se sabe as viações de ônibus estão na mão de poucos empresários. O problema foi admitido pelo próprio secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto: “Quem conhece o transporte sabe disso. Em São Paulo, por ser o maior sistema, eles acabam sendo mais fortes”. Ele que foi co-responsável por dar continuidade aos mesmos grupos de empresários la na gestão Marta Suplicy, onde foi licitado as empresas que estão operando o sistema de ônibus atualmente, agora se queixa, dizendo que existe uma grande dificuldade em lidar com as empresas de transporte e não há alternativas na prestação deste serviço.
Casos de cartel não são exclusivos desta ou daquela administração. Recentemente vazou o suposto envolvimento de altos funcionários dos governos Mário Covas, e Geraldo Alckmin. Neste caso, além da CPTM são investigadas as empresas Siemens (Alemanha), Alstom (França) e CAF (Espanha) que ao lado de outras 10 fornecedoras, duas delas brasileiras, foram citadas como integrantes de cartéis que visavam superfaturar em 20% preços de obras e serviços nas áreas de metrô, ferroviária e hidrelétrica em depoimento voluntário de executivos da Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) do Banco Central.
Se existe ligação entre as empresas e o governo, a investigação deve responder, mas é claro que a verba destinada para ampliação, e modernização da malha metroferroviária não foi bem aplicada.
O interesse privado não pode ser maior que o interesse público, e a mobilidade urbana é um tema que influencia na vida de todos os cidadão, seja quem possui carro, quem anda de ônibus ou de bicicleta.