Projeções para o horizonte de 2020 mostram a rede metroviária de atuais 70,6 km para 184,2 km de extensão, ou 62 para 161 estações. Os novos ramais subterrâneos e os trechos de superfície que estão sendo planejados pelo governo estadual farão com que a Região Metropolitana ganhe até um “Metroanel” em 2030, ligando os ramais e criando um mapa metroferroviário muito parecido com o das grandes metrópoles mundiais, em outra palavras, uma rede de metrô decente.
O Jornal Estadão trouxe tais informações, no entanto elas já estavam disponíveis nas redes sociais. Esse estudo detalha todas as novas linhas já programadas, os ramais em estudo e a integração com outros meios de transporte. Até o fim de 2014, último ano da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), R$ 27,4 bilhões serão investidos nas Linhas 5-Lilás, 15-Branca, 17-Ouro, 4-Amarela e 18-Bronze. Além delas, o governo estadual já enviou para a Assembleia Legislativa o detalhamento para a construção de duas novas linhas, a 20-Rosa (que vai ligar a Lapa, na zona oeste, ao bairro de Moema, na zona sul) e a chamada 19-Celeste (que ultrapassará os limites entre municípios e ligará a Avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul, a Guarulhos).
Para além desse período, o Metrô já conta com estudos preliminares para a construção de diversos novos ramais e trechos, como a Linha 23-Preta, que pretende ligar o Pari, no centro, a São Miguel Paulista, na zona leste, e a Linha 21-Roxa, da Vila Prudente, na zona leste, a Cachoeirinha, na zona norte. Se todos os planos saírem do papel, São Paulo passaria a ter 76 pontos de conexão para os passageiros, contra apenas dez atuais. Há também planos para a criação da Linha 16, chamada de Arco Norte, que ajudaria a criar um ramal circular para ligar boa parte da rede metroferroviária.
“Seria uma espécie de Circle Line (linha circular), como a que existe em Londres, fazendo um círculo e unindo todas as outras linhas”, diz o arquiteto e urbanista Alberto Epifani, gerente de Planejamento e Integração de Transportes Metropolitanos do Metrô. “A ideia é que a rede abarque realmente a Região Metropolitana. Pelos nossos estudos atuais, esses seriam os melhores investimentos a serem feitos no metrô.”. No entanto, estes projetos sofrem constantes mudanças, ficando sempre a merce da atual administração.
Segundo Epifani, os projetos até 2015 estão garantidos do jeito que estão detalhados no estudo “Expansão 2020”. Para os outras linhas, novas projeções de demanda serão feitas no ano que vem, o que pode alterar detalhes e prioridades. “Não vai mudar muito o que está sendo planejado até 2020 e 2030, o que vai mudar é aumentar a prioridade de uma linha ou outra”, explica. “Ainda vamos aferir as nossas pesquisas de origem e destino para saber a necessidade dos usuários. Se muda a economia, pode cair o custo de deslocamento, o que muda também a nossa projeção. Mas a intenção, o ideal para a Região Metropolitana, seria isso que está no estudo da expansão.”
O Metrô também aponta em seu plano de investimentos os novos prazos de entrega dos trechos que estão atualmente em construção – isso se nenhuma ação judicial ou acidente atrasar o cronograma. Em 2013, o governo estadual espera entregar a Linha 5-Lilás até a Estação Adolfo Pinheiro e a expansão da Linha 2-Verde da Vila Prudente até a Estação Oratório.
Para 2014, a Linha 2 – Verde chegará até São Mateus e o monotrilho da Linha 17-Ouro vai ligar o Morumbi a Congonhas. Já para 2015, a Linha Lilás será estendida até a Chácara Klabin e a Linha 18-Bronze vai levar da Estação Tamanduateí até o Paço Municipal de São Bernardo do Campo. “A não ser que aconteça algo fora do nosso planejamento, esses ramais estão garantidos”, diz Epifani ao jornal.
A gestão Alckmin também quer encaminhar o início da construção da Linha 6-Laranja, que vai da Estação São Joaquim, já existente na Linha 1-Azul, a uma futura estação em Brasilândia, na zona norte. No estudo do Metrô, já há a intenção de ampliá-la até a Rodovia dos Bandeirantes e à Cidade Líder, na zona leste.
De Via Trolebus, com as informações de Estadão