Até o fim de março, a capital deve atingir a marca de 7 milhões de veículos em circulação, número 31% superior ao registrado no início de 2006, quando a cidade contava com 5.335.902 de veículos (entre eles, 4.108.461 de carros e 499.686 motos), segundo dados do Detran.
No mesmo período, a quantidade de ônibus que fazem parte do sistema de transporte público municipal permaneceu praticamente a mesma, oscilando meros 0,88% (eram 14.846 e atualmente são 14.978).
Proporcionalmente, a rapidez da evolução da frota individual é 34 vezes superior a de ônibus, no comparativo entre os dois.
Essa disparidade se explica pelo aquecimento econômico que permitiu a aquisição de bens, entre eles carros e motos.
Outros motivos estão ligados a qualidade, velocidade para percorrer o trajeto por intermédio do transporte público e a confiabilidade do sistema.
“O maior problema é que a qualidade do transporte público oferecida está muito aquém do desejado e não é capaz de atrair o usuário do automóvel para o transporte coletivo”, afirma o engenheiro e consultor de trânsito e transportes Adalto Martinez. Ele vê com preocupação o aumento da frota de veículos na cidade e diz ser necessário criar meios para gerenciar essa demanda, tais como o pedágio urbano e a restrição a estacionamento para dar mais fluidez ao tráfego.
SPTrans: capacidade dos coletivos aumentou em 21%
A SPTrans (empresa que gerencia o transporte público) informou que dos cerca de 15 mil ônibus, 61% (9.684) foram renovados ou trocados, o que elevou a capacidade para abrigar passageiros em 21%. No período de outubro de 2006 a outubro de 2010, houve aumento de 11% no número de passageiros.
A renovação inclui colocar veículos maiores em operação. Além disso, segundo a SPTrans, a Secretaria Municipal de Transportes está empenhada em aumentar a velocidade média dos coletivos em até 15%. Isso equivaleria à inclusão de 2.250 ônibus à disposição (já que eles rodam mais rápido e, teoricamente, passam mais vezes nas paradas). Com isso, há uma reorganização do sistema.
A SPTrans prevê ainda reduzir a sobreposição de linhas, aumentando assim a velocidade média dos ônibus. Por isso, segundo a empresa, é possível aumentar a capacidade da frota, sem aumentar o número dos ônibus.
Fonte: Destak