De todos os cerca de 142 trens em operação no Metrô de São Paulo, nas linhas 1-Azul 2-Verde e 3-Vermelha, onze deles não possuem ar-condicionado. Trata-se das composições da frota E, que atualmente prestam serviços no eixo metroviário que liga o Jabaquara e o Tucuruvi. Os TUEs fabricados pela Alstom entre os anos de 1996 e 1999 poderão ser desativados, já que não contam com os refrigeradores.
O secretário dos transportes metropolitanos, Alexandre Baldy, em uma reposta nas redes sociais, informou que com a aquisição de 44 novos trens, “logo não teremos mais composições sem ar-condicionado“:
Boa tarde. Nos acompanhe e perceba que solicitamos a compra de 44 novos Trens para o Metrô e 34 para CPTM(via concessão). E o Governador João Dória autorizou. Logo não teremos mais composições sem ar-condicionado no Metrô, assim como na CPTM.
Muito obrigado. https://t.co/jTSYJ0fRL2— @alexandrebaldy (@alexandrebaldy) December 21, 2020
O fim da linha para as composições não é necessariamente uma novidade. No começo de 2019, o presidente do Metrô, Silvani Pereira, já tinha afirmado que era estudado a aposentadoria da frota. Outra alternativa seria a reforma dos carros, mas ao processo acabou saindo mais caro para a empresa, do que se o Metrô tivesse comprado novos trens.
De última geração a obsolescência
Em 1991, a Companhia do Metropolitano de São Paulo realizou o processo de licitação nº 00800310 para a compra de 67 trens de 6 carros, sendo que 45 unidades iriam para a Linha Vila Madalena-Vila Prudente e outros 22 comboios, sendo 16 para complementação de frota da Linha 3 e 6 para a expansão Itaquera-Guaianases.
A licitação foi vencida pela Mafersa, no entanto a empresa nunca conseguiu fabricar os trens, pois faliu em meio a uma grave crise econômica. No entanto, parte do contrato (lote II) permaneceu válida. A Alstom retomou a fabricação de 11 trens do Lote II em 1996, tendo sido entregues em setembro de 1999.
Durante 10 anos, até 2009 quando foi entregue o primeiro trem da frota G, as unidades da frota E eram as mais modernas na companhia, e um tempo em que a empresa era servida pelas séries A, C e D.
comentários