Foto: Renato Lobo | Via Trolebus
Metrô SP

Testes com trens e troca de maquinas de chave marcam fase atual do CBTC nas Linhas 1 e 3 do Metrô

A instalação do sistema de sinalização CBTC (por sua sigla do inglês Communications-Based Train Control), em português sistema de Controle de Trens Baseado em Comunicação, segue em andamento nas Linhas 1-Azul e 3-Vermelha. Já há testes em trens no eixo entre Tucuruvi e Jabaquara, além de troca de equipamentos na antiga “Leste-Oeste”. Os testes com a composição são feitos durante as madrugadas, em um determinado trecho, segundo apuração do Via Trolebus.

Atualmente, a operadora está trocando maquinas de chave para a nova funcionalidade na Linha 3, segundo uma resposta do presidente da Companhia, Silvani Pereira, em suas redes sociais.

Versão final prometida para este mês

No final do ano passado, a promessa era que a Linha 1 contasse com a nova tecnologia já no final deste mês, segundo uma entrevista à TV Globo, do secretário licenciado, Alexandre Baldy. Já na ligação entre Itaquera e Barra Funda, a instalação tem como prazo, o final de 2020.

De acordo com o titular da pasta, com a nova tecnologia, o intervalo entre trens será reduzido de 125 segundos para 90, o que deve possibilitar a introdução de mais composições.

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Entenda o “CBTC”

Os sistema oferece a possibilidade de uma comunicação digital bilateral entre as composições e a infraestrutura de linha. As informações são transmitidas em tempo real à central de controle e a cada trem. No sistema atual, a movimentações das composições é feita através de blocos. No CBTC, este movimento será feito virtualmente ou por meio de comunicação via frequência de rádio. O novo sistema além de aumentar a capacidade de transporte da linha, reforça a segurança.

Especialistas apontam o CBTC como solução para automatizar a movimentação dos trens, e integração do sistema de comunicação onde há basicamente três redes: uma cabeada interligando todas as estações, pátio e centro de controle, uma rede de rádio comunicação wireless interligando trem e equipamentos de via (IEEE 802.11 g/a – 5.8 GHz) e uma rede Etehernet interligando os sistemas do trem.

No caso das linhas 1 e 3 do metrô de São Paulo, o CBTC esta sendo implantado de forma a integrar outros sistemas como por exemplo, de transmissão digital,  monitoração eletrônica,  multimídia, controle de portas de plataforma e apoio à manutenção. Atualmente, as linhas 2, 4, 5 e 15 contam com a funcionalidade.

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Linhas sem condutores?

Quando concluída, será possível viabilizar operação dos trens operem sem condutores, no sistema driverless, o que não significa que de fato irá ocorrer.

No caso da manutenção, será permitido o monitoramento em tempo real de todos os equipamentos do sistema, como sistemas de frenagem, de tração, de portas e de alimentação elétrica, permitindo assim, que as principais causas de falhas que afetam o movimento do trem possam ser prontamente diagnosticadas.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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