Durante uma entrevista ao consultor John Strickland durante o evento virtual do Arabian Travel Market, ocorrida nesta semana, o presidente da Emirates, Tim Clark, foi questionado sobre o futuro de grandes aviões como o Airbus A380 após a pandemia. A operadora conta com uma frota de 115 aeronaves gigantes, sendo que muitos ficaram aterrados por conta da crise.
“Muito dependerá da implementação dos programas globais de vacinação e inoculação, e se você conseguir isso, [a crise] ficará para trás e voltaremos aos negócios como de costume”, diz Clark.
Clark espera que, se uma vacina for lançada rapidamente, os efeitos de curto prazo da crise “provavelmente durarão um ano, enquanto os segmentos primários (de mercado) – corporativos, de lazer, VFR (visitando amigos e parentes) – se resolvam”.
A posição da empresa é divergente de outras operadoras. A Air France por exemplo, aposentou todos os seus superjumbos, e a Lufthansa aterrou metade.
Mas a Emirates ainda acredita na grande aeronave. “Seria tolice excluir grandes aeronaves de corpo largo no futuro. O A380 provou ser uma aeronave de enorme sucesso e, se os preços dos combustíveis permanecerem para sempre nos níveis atuais, essa aeronave é extremamente potente”. – diz o presidente da empresa.