Foto: Blog do Ralph Giesbrecht
Recordar é viver

São Vicente já teve bonde elétrico e trem metropolitano

A cidade de São Vicente completa 488 anos nesta quarta-feira. O município da Microrregião de Santos, na Região Metropolitana da Baixada Santista, conta com uma população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2017, de 360 380 habitantes, sendo a segunda cidade mais populosa do litoral paulista, ficando atrás apenas de Santos.

Bonde

São Vicente teve a viagem inaugural do bonde que vinha e ia para Santos a partir da Rua São Leopoldo esquina com São Bento em Santos, até o porto Tumiaru (final da Av. Capitão-Mór Aguiar em São Vicente).

Os bondes elétricos da City of Santos Improvements Co., sucederam os bondes puxados por burros que duraram de 1873 a 1909. A etapa seguinte, em novembro do mesmo ano, foi a implantação de um outro tipo de veículo: os bondes ainda tinham tração animal, mas corriam sobre trilhos de ferro tornando as viagens mais rápidas e confortáveis.

A primeira linha urbana de bondes em São Vicente foi inaugurada em 1902. Três anos depois, a Câmara autoriza a Cia. Carril Vicentina a explorar uma linha de bondes de tração animal entre o porto Tumiaru e o José Menino.

Trem Metropolitano

O Trem Intra Metropolitano, conhecido pela sigla TIM, foi um trem metropolitano criado pela FEPASA e administrado em seus últimos anos pela CPTM, e servia aos municípios de São Vicente e Santos. Contava com 5 estações e cerca de 16,15 km de extensão.

O sistema foi inaugurado no dia 12 de julho de 1990 para o transporte de passageiros da estação de Samaritá, em São Vicente, até a estação Ana Costa, em Santos. Em 1996 a CPTM assumiu a operação deste sistema devido a cisão da FEPASA para a criação da CPTM. Devido ao déficit gerado pelo sistema foi desativado em julho de 1999.

Operavam nove trens Toshiba, no entanto, por conta da pela falta de eletrificação desta linha, essas TUEs eram manobradas e rebocadas por locomotivas a diesel. Mas, raramente eram utilizadas duas composições, sendo o mais comum, devido à baixa demanda da linha e seu curto percurso, haver um único trem em circulação.

Os trens receberam uma modificação especial para o maquinista poder operá-los da cabine do TUE do lado oposto à locomotiva, visto que não haveria como conduzir os trens no percurso inverso, bem como o espaço de manobras para passar a locomotiva para o outro lado da composição.

Atualmente, parte do trajeto da ferrovia deu lugar ao sistema de Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT, que liga as duas cidades.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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