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CPTM

Padrão Metrô na Linha 10-Turquesa da CPTM vai além de trens mais modernos

Durante coletiva de imprensa ocorrida nesta quarta-feira, 3 de julho, para o anuncio do fim da Linha 18-Bronze o Governo Estadual diz que transformaria a Linha 10-Turquesa da CPTM no “padrão metrô“, com a introdução de composições mais novas e aposentadoria dos trens da série 2100.

Há informações de que 14 trens da série 7000 podem fazer o reforço na ferrovia que liga o Brás até Rio Grande da Serra. No entanto, a introdução de novas composições resolve apenas uma parte dos problemas.

Sinalização

Uma medida que poderia aproximar o atendimento da Linha 10 em um padrão de linha metroviária é a redução de intervalos. O Governo do Estado diz que até 2022, a ferrovia terá um novo sistema instalado, o CBTC (por sua sigla do inglês Communications-Based Train Control), em português sistema de Controle de Trens Baseado em Comunicação, capaz de reduzir o intervalo em 3 minutos.

O anúncio foi feito após uma reportagem da TV Globo mostrar que equipamentos da nova funcionalidade estão estocadas sem uso. Há uma investigação do Ministério Público em curso que apura as causas, que já até ouviu ex-diretores.

Os prazos para as mudanças do sistema que gere as composições foram dados a partir de 2007, e até 2012 todas as ligações ferroviárias deveriam contar com a nova funcionalidade.

Em 2007, a Companhia fechou financiamento do Bird para implantar o chamado ATC nas linhas 7-Rubi, 9-Esmeralda e 12-Safira no valor à época de R$ 200 milhões, ganho por o consórcio formado por Efacec e Union Switch. Nessas linhas, o intervalo entre os trens deveria ter caído para 4 minutos no fim de 2010, mas houve atrasos sendo que apenas a linha 9, que teve a sinalização instalada, tem este intervalo nos trecho entre Pinheiros e Jurubatuba no horário de pico.

Já em 2009 a CPTM assinou um contrato de € 280 milhões com um consórcio formado pelas espanholas Dimetronic e Infoglobal e pela brasileira MPE Montagens e Projetos Especiais. Este contrato previa a implantação do CBTC nas linhas 8, 10 e 11.

O que diz o governo?

“O equipamento do CBTC, como reconhecemos sua existência para as linhas as quais eles foram adquiridos e estão em processo de implementação. como bem disse, outros investimentos são necessários, e esses investimentos estão sendo avaliados e serão realizados”, disse Alexandre Baldy, secretário dos transportes metropolitanos.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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