Uma nova aeronave supersônica destinada à operação comercial poderá ter problemas antes mesmo de ser lançada. É farto o número de informações no noticiário de Aviação sobre o projeto Overture, um avião que poderia reviver as operações do Concorde, com voos acima dos 2.000 km/h.
Trata-se de um projeto da startup Boom Technology , sediada em Denver, cidade no Colorado nos Estados Unidos, que desenvolve um jato que voará a Mach 2.2 com 75 lugares. Otimista, a Boom diz que o modelo estará pronto até 2025.
No entanto, antes mesmo do modelo levantar voo, sua criadora poderá ter os mesmos problemas já vividos antes pelo Concorde. Seus desenvolvedores não querem gastar bilhões de dólares no desenvolvimento de motores supersônicos que estão em conformidade com os níveis de emissão e ruído. Em vez disso, pretendem modificar os mecanismos existentes.
No entanto, o Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT) afirma que os motores a jato modificados consumirão de cinco a sete vezes mais combustível do que os motores a jato subsônicos. Os motores consertados também emitirão 40% mais nitrogênio e 70% a mais de dióxido de carbono, de acordo com um relatório publicado pela Reuters. Um dos motivos do fim da era dos aviões comerciais supersônicos foi o preço do combustível.
Com base no estudo do ICCT, novos aparelhos supersônicos seriam incapazes de atender aos padrões de emissões e ruído atualmente em vigor. O ICCT afirma que a única maneira de cumprir seria construir um novo motor com uma opção de ciclo variável que funcionasse de maneira diferente ao decolar e no modo de cruzeiro.