De acordo com reportagem do jornal “Valor Econômico”, os controladores do aeroporto de Viracopos, em Campinas, estudam devolver a concessão para o Governo Federal diante de dificuldades que vem encontrando.
Caso isso aconteça, será a priemira vez que a Lei 13.448, que introduz a devolução “amigável” ao governo como alternativa para concessões de infraestrutura problemáticas, será aplicada.
Dois fatores vem fazendo com que a UTC e a Triundo continuem a frente das operações: recente execução do seguro-garantia pela Agência de Nacional de Aviação Civil (Anac) pelo não pagamento da parcela da outorga de 2016, cujo valor-base é de R$ 173 milhões, e um enfrentamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em torno do fluxo de caixa da concessionária.
A movimentação de passageiros no aeroporto também está abaixo do previsto. A previsão era de que em 2016 o fluxo de passageiros seria de 15,2 milhões de pessoas, mas efetivamente a movimentação ficou em 9,2 milhões, conforme dados do sistema da Anac. Com isso, as receitas também ficam bem abaixo do esperado.
Outra questão tida como problema potencial e que espreita o negócio é a entrada da gigante chinesa HNA no Galeão, RJ, (relembre aqui), na recente negociação de compra da fatia da Odebrecht Transport no aeroporto fluminense. A HNA tem 22% da companhia de aviação Azul, o que pode fazer com que ela concentre a conectividade de voos da Azul no Galeão. Aproximadamente 85% do tráfego de Viracopos advém da companhia, que tem planos de expansão nas rotas internacionais.
Na avaliação de autoridades do setor aéreo, a tendência da Azul é que ela use o terminal carioca como “hub” para concentrar voos ao exterior.
Fonte: Valor Econômico