A Hyundai-Rotem está pleiteando um acordo com a CPTM entregar a encomenda de 30 unidades de oito carros para junho de 2018. O cotrato previa que todos os trens deveriam ter sido entregues até julho de 2016 mas só cinco trens foram entregues até agora, segundo o grupo, e outros oito já estão prontos na fábrica do interior paulista.
O contrato foi assinado em 2013 e, na época, a Hyundai-Rotem era integrante de um consórcio liderado pela Iesa. Segundo o diretor comercial da companhia, Andre Han, a fabricante sul-coreana foi convidada pela brasileira a integrar o consórcio e o contrato com a sócia local previa que a Iesa assumiria as custas tributárias do projeto e o risco cambial
Em 2014, a Iesa entrou em recuperação judicial e em agosto teria se afastado do projeto. A Hyundai-Rotem tentou então negociar com o governo de São Paulo a saída da sócia do consórcio. Para isso, antecipou a construção da fábrica, que exigiu investimentos da ordem de R$ 100 milhões.
Ao solicitar o aumento de prazo para a Secretaria de Transportes Metropolitanos, a Hyundai-Rotem alega que o atraso se deveu à demora do contratante em autorizar a saída da Iesa do consórcio. Isso aconteceu só em 2015, mais de um ano depois de a companhia ter entrado em recuperação judicial e saído das atividades da encomenda.
Outro “prejuízo” da sul-coreana no projeto diz respeito ao adiantamento. O consórcio, quando ainda liderado pela Iesa, recebeu R$ 110 milhões. Cerca de R$ 55 milhões teriam ficado pendentes de repasse para a Hyundai-Rotem, que agora está na fila dos credores da recuperação judicial da Iesa.
Segundo a CPTM, há um pedido de extensão de prazo em análise, mas ainda aguardando documentação da Hyundai-Rotem. Em paralelo, a fabricante estuda entrar na Justiça para solicitar reparação da Iesa no momento oportuno.
Fonte: Valor Econômico