Colaboração de José Plens Junior e Teotonio Zeferino
Um modelo clássico da aviação deixou de prestar serviços em terras brasileiras. Nesta quarta-feira, 10 de Agosto, o modelo da Boeing 747-400, operado pela tradicional empresa britânica, British Airways, fez a última decolagem no aeroporto de Guarulhos, as 16h32 rumo a Londres.
Conhecido como a “Rainha dos Céus”, a retirada da aeronave é por tempo indeterminado, e no lugar deve operar o modelo 777, da mesma empresa.
O 747 possuí quatro motores, atinge velocidades de quase mil quilômetros por hora e tem um alcance de 13.450 quilômetros de distância, podendo transportar mais de 450 passageiros ou 122 toneladas de carga. Possui uma envergadura de 60 metros, um comprimento de 70 metros e pesa mais de 330 toneladas.
Crise Econômica
Comenta-se nos bastidores que o maior motivo da retirada dos 747-400 se da por questões econômicas, tornando inviável manter uma aeronave deste porte, em um mercado em retração. Outro motivo é a troca natural de aeronaves por outras com melhores desempenhos. O 777 apresenta desempenhos mais econômicos, podendo percorrer a mesma distância de voo do 747 consumindo menos combustível.
História
Em 9 de Fevereiro de 1969 o primeiro 747 fez o seu voo inaugural, sobrevoando a cidade norte-americana de Everett, em Washington. Este dia marcaria uma “nova dimensão” na aviação. Depois deste, 1.539 aparelhos foram construídos entre 1969 e 2015.
Desde então a Boeing possuía o maior avião comercial do mundo, até sua maior concorrente, a Airbus, lançar o modelo A380, entrando em operação em outubro de 2007, pela Singapore Airlines, ganhando o título de “Rei do céus”.
Fim da era 747
Comentam-se que a Boeing pode encerrar a produção dos jumbos 747 em 2017, e que o último a ser produzido seria para uso da presidência dos Estados Unidos.