Na semana passada a rádio Jovem Pan promoveu um debate sobre bicicletas entre o consultor em políticas de mobilidade urbana e Diretor de Participação da Ciclocidade, Daniel Guth, e o também consultor e engenheiro de tráfego, Luiz Célio Bottura.
Entre os principais pontos levantados, Guth destacou a demanda dos ciclistas. “desde a década de 80 temos o cicloativismo…vinhamos acumulando projetos”, diz. O representante da Ciclocidade diz ainda que a capital paulista possuí projetos para 1500 km de infraestrutura cicloviária.
Já Bottura pontua os possíveis erros na exceção das obras, mas acha importante a bicicleta como meio complementar de transporte. “Teria feito bicicletários”, diz o engenheiro. Bottura ainda fala sobre uma predominância de ciclistas não respeitam a legislação, não se protegem, furam semáforos, na visão dele.
Já Guth lembra que 30% por cento do uso da bicicleta é feita com intermodalidade, quando o ciclista usa além da bike, outro meio de transporte. Daniel ainda lembra que desde a implantação das ciclovias, houve redução de 34% de acidentes, junto com aumento de ciclistas, entre 2014 e 2015.
Os dois especialistas, apesar das divergências, parecem convergir na crítica do uso demasiado do automóvel no ambiente urbano.
O engenheiro de tráfego diz também que leito viário não foi feito para estacionamento. “Estacionamento é muito caro para a cidade”, afirma Bottura. Já Guth diz que 25% do que está construído na cidade são para os carros.