A avaliação da qualidade do transporte público no Brasil caiu de acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O percentual de Brasileiros que avaliam o transporte como ótimo ou bom em 2014 foi de 24%, contra 39% registrado no ano de 2011.
Já os que consideram o transporte público ruim ou péssimo, passou de 28% registrado em 2011 para 36%. A pesquisa aponta ainda que a regiões Norte e Centro-Oeste concentram 51% dos entrevistados que classificaram o transporte como ruim ou péssimo. Em seguida, aparecem as regiões Sudeste (36%), Nordeste (34%) e Sul (28%). O maior índice de pior nos serviços foi registrada na região Sudeste. O número dos que consideram o transporte público como bom ou ótimo caiu de 41% para 21%.
Entre as reclamações esta a frequência dos coletivos, onde 26% apontaram como principal motivo. Em seguida apontam a lentidão (24%), o preço (10%) e o fato de serem desconfortáveis (8%).
Ainda que a maior parte do viário nas cidades brasileiras privilegie o transporte individual motorizado, o coletivo ainda leva mais pessoas.
Os dados da CNI apontam que a locomoção a pé ou em transporte público é a mais frequente – 46% das pessoas. 24% dos entrevistados utilizam o ônibus público e 22% vão a pé. Em seguida, aparecem os veículos próprios (19%), as motocicletas (10%), as vans/ônibus fretados (9%) e as bicicletas (7%).
“O principal efeito é o atraso, tanto dos trabalhadores, quanto do fluxo de bens. Além disso, os trabalhadores chegam cansados, o que eleva o estresse e reduz a qualidade de vida. Tudo isso tem impacto na produtividade do trabalhador, afetando a produção da indústria”, disse o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes.
Foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios. A pesquisa naíntegra pode ser consultada aqui