Após os protestos de 2013, onde a pauta “Transporte Público” puxou a série de manifestações que tomaram conta do país, o paulistano ainda tem a sensação de que a área carece de melhorias. Pelo menos é o que mostra a Pesquisa anual Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM) 2014, feita pelo Ibope a pedido da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com a Rede Nossa São Paulo.
Segundo os dados, 68% dos entrevistados utilizam o ônibus como meio de deslocamento. De 25 áreas analisadas, transporte/trânsito ocupa a 21ª posição, aparecendo atrás de transparência e participação política, segurança, desigualdade social e acessibilidade para pessoas com deficiência.
A pesquisa mede a satisfação por meio de uma escala que varia de um (insatisfação total) a 10 (satisfação total). A nota de satisfação com o transporte está em 4,1, porém apresenta melhora em relação a 2013, quando foi de 3,9. Segundo a Fecomercio, o aumento no número de ciclovias na cidade melhorou a percepção dos paulistanos.
Para chegar a esta nota, o instituto avaliou o tamanho da rede do Metrô, prioridade ao transporte coletivo no sistema viário, restrição aos fretados, pontualidade dos ônibus, tarifas do transporte público, soluções para diminuir o trânsito, respeito ao pedestre, qualidade das calçadas e segurança no trânsito.
Dez dos 12 itens apresentam percepção mais positiva quando comparada ao levantamento anterior. Apenas a prioridade ao transporte coletivo no sistema viário obtém nota inferior a 2013, enquanto a avaliação do tamanho da rede do Metrô não apresenta mudança.
“O segmento de transporte/trânsito obtém 44% de notas entre nove e 10 em relação à importância do fator para a qualidade de vida na cidade, tendo a terceira maior média.” – diz nota da Fecomercio.
A pesquisa IRBEM 2014 foi realizada entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro de 2014. Foram entrevistados 1.512 moradores com 16 anos ou mais. O intervalo de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.