Atualizado 12/07/2014
Muito se questiona o uso do Monotrilho no transporte urbano. Durante o processo licitatório de um dos ramais prometidos, o 18-bronze, teve sua licitação suspensa. O processo licitatório foi barrado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE). Relembre aqui, mas retomado logo em seguida.
Entre os motivos da ação do TCE, está o questionamento da escolha do modal, um monotrilho que é inédito no país e ainda não operou em grande escala. Em sua representação, o órgão solicitou subsídios técnicos a USP (Universidade de São Paulo), por meio das faculdades de Arquitetura e Urbanismo e Politécnica. Também foram acionados o Instituto de Engenharia e o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia).
Custo
Ocorreu ainda um questionamento por parte da Rede Sustentabilidade, onde a escolha da tecnologia foi criticada sobre a afirmação que o valor de R$ 4,6 bilhões para a construção da linha afronta o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, especialmente comparando-se à quantia estimada para a construção de 150 quilômetros de via pela prefeitura de São Paulo, por meio do BRT (Bus Rapid Transit). O projeto da administração Haddad custará R$ 4,7 bilhões.
O ramal bronze transportará 314 mil passageiros por dia em sua primeira fase com 15,7 quilômetros ligando a Estação Tamanduateí à Estação Djalma Dutra.
Prós e contras
Os críticos do monotrilho argumentam que o custo deste modal seria o suficiente para construir uma número bem maior de corredor de ônibus. Já os que são favoráveis usam como exemplo a Linha 15-Prata que vai transportar 550 mil passageiros por dia. Só que este ramal vai custar 6,4 bilhões.
Sobre a capacidade do monotrilho, o governador Geraldo Alckmin sempre faz questão de enfatizando que o ramal será o monotrilho de maior capacidade do mundo, transportando 48 mil passageiros por hora/sentido. E será mesmo. O mesmo sistema que carrega mais pessoas até então é o de Chongqing, na China, que transporta pouco mais de 25 mil passageiros/hora.
Por outro lado, o BRT TransOeste, no Rio de Janeiro, transporta 120 mil pessoas por dia em seus 56km de extensão. A obra custou mais barata, cerca de R$ 1,7 bilhão, que vão custar ambos os monotrilhos das linhas 15 e 18.
Afim de esclarecer nossos leitores, listamos aqui os prós e contras de ambos os modais para que você tenhas suas próprias conclusões:
Fontes: 1 – Marcos Kiyoto – Estudo Metrô X Monotrilho. 2- Engenheiro de produção Uarlem José de Faria Oliveira, em monografia de pós-graduação pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). 3- Gaveta do Povo