A francesa Alstom vai cortar mais de 1.300 empregos até 2016 e venderá uma participação em sua unidade de transportes para levantar entre 1 bilhão e 2 bilhões de euros. A empresa teve queda nas encomendas, que acabaram por afetar o lucro do primeiro semestre.
O grupo que já fabricou trens para o Metrô e CPTM, além de produzir turbinas eólicas, definiu que a venda de uma participação minoritária na sua unidade de transportes e alienação de ativos não estratégicos ocorrerá até dezembro de 2014, mas o corte de empregos, que vai se estender até 2016, deve colocar a empresa em possível colisão com o governo francês.
De acordo com o vice-presidente financeiro, Nicolas Tissot, a empresa pretende cortar 1.300 postos de trabalho no mundo “o mais breve possível” e que novas reduções de pessoal devem ocorrer até 2016.
O fluxo de caixa livre da Alstom se tornou positivo no último ano fiscal após dois anos de resultado negativo. Mas a situação se reverteu nos seis meses encerrados em 30 de setembro, com saída de 511 milhões de euros.
O grupo espera que a economia de custos anual suba para 1,5 bilhão de euros (2,02 bilhões de dólares) até abril de 2016, com custos de reestruturação em torno de 150 milhões a 200 milhões de euros por ano.
O lucro líquido no primeiro semestre caiu 3 por cento, para 375 milhões de euros, com vendas de 9,73 bilhões de euros. Analistas ouvidos pela Thomson Reuters I/B/E/S esperavam em média lucro líquido de 352 milhões ,com vendas de 9,59 bilhões de euros.
O grupo teve encomendas de 9,4 bilhões de euros, queda de 22 por cento na comparação anual.
Com as informações de Info-Abril