Monotrilho

Por dentro do Monotrilho da Linha 15-Prata

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Atualizado 26/08/2014

No ultimo sábado o blog Via Trolebus pode conhecer o monotrilho da linha 15-Prata. Pudemos ver de perto este que é o modal mais discutido e até mais criticado em fóruns especializados na internet.

Nossa visita se iniciou na estação Oratório quando ainda estava em obras, localizada na Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo, onde a parada fica no meio da via. O edifício estava praticamente pronto, faltando alguns detalhes de acabamento. O que se nota é que a estação segue nos mesmos moldes das outras do sistema metroviário comum. A parada conta já com as placas da nova identidade visual do Metrô.

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Depois nossa viagem seguiu rumo ao pátio Oratório, onde grande parte dos 53 trens que serão entregues para a linha 15 devem receber manutenção. O pátio estava em obras, porem já tinha recebido as primeiras 3 composições. Um funcionário da Bombardier (empresa vencedora da licitação para fornecimento do sistema monotrilho para o ramal) nos acompanhou e explicou alguns detalhes do projeto.

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Os trens

Estavam estacionados 3 trens, sendo o segundo, terceiro e quarto fabricado. O primeiro, permanecia no Canadá para conclusão dos testes, já que é um protótipo. A segunda composição, chamada pelo Metrô de M01 é o trem que foi apresentado para o secretário de transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes e é a mesma que faz testes na linha sempre no período da tarde, onde a via é energizada. O engenheiro da Bombardier nos disse que o trem ainda opera de modo manual e não passa dos 30 km/h, mas que nos começo de abril devem ter início os primeiros testes com o sistema de sinalização. A linha é controlada pelo CBTC (sigla em inglês para Controle de Trens Baseado em Comunicação) com sistema automático semelhante ao da linha 4-amarela, ou seja, sem operador a bordo. Sobres as dimensões do trem, o monotrilho é relativamente menor que um trem do metrô, o que já é de conhecimentos de todos.

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O sistema já opera em cidades dos EUA, Japão e India, além de outros países. Ele corre sobre vigas de concreto a 15 metros do chão, mais ou menos a altura do terceiro andar de um prédio, suficiente para fazê-lo passar sobre as pontes que cruzam o trajeto. Os pilares que sustentam essas vigas ficarão, quase sempre, nos canteiros centrais das avenidas. Os carros da composição do monotrilho se movimentam com pneus de borracha sobre concreto, por isso, segundo o Metrô, são mais silenciosos que um trem comum – com rodas e trilhos de aço.

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Estes trens fabricados pela Bombardier possuem a mesma tecnologia usada em aviões. As composições são de alumínio, em vez de aço, o que o torna mais leve e permite maior velocidade. A velocidade média estimada é de 36 quilômetros por hora, podendo chegar a 80 quilômetros por hora. O intervalos de projeto entre trens é de 75 segundos.

O ramal quando estiver concluído vai ligar a estação Ipiranga da CPTM até o Hospital Cidade Tiradentes, passando por São Mateus, e carregar em média 550 mil passageiros por dia.

Paralelamente está sendo construído outras 2 linhas de Monotrilho, a 17-Ouro que vai ligar a estação Jabaquara, o aeroporto de Congonhas, e a estação São Paulo-Morumbi, e a 18-Bronze que vai ligar a estação Tamanduateí até São Bernardo do Campo.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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