O Metrô de São Paulo dará início à operação totalmente automatizada da Linha 15-Prata neste final de semana, conforme comunicado enviado ao Via Trolebus. O novo sistema estará em funcionamento no sábado (15) e no domingo (16) de março.
De acordo com a operadora, essa mudança representa a adoção do mais alto nível de automação, conhecido como GoA4/UTO (Unattended Train Operation), ou operação sem operador embarcado. Esse modelo já é utilizado em diversas linhas modernas ao redor do mundo, incluindo a Linha 4-Amarela, garantindo segurança total aos passageiros.
Transição gradual desde 2024
O Metrô informou que a transição para a operação sem agentes a bordo vem ocorrendo desde julho de 2024, passando por uma série de testes e validações técnicas. “Nas primeiras semanas, a nova operação UTO será aplicada apenas aos finais de semana. Posteriormente, será expandida para horários de menor movimento até alcançar toda a operação comercial”, destacou a companhia.

Monitoramento contínuo pelo CCO
Desde sua concepção, o sistema da Linha 15-Prata foi projetado para operar de forma automatizada, contando com múltiplas camadas de segurança. O Centro de Controle Operacional (CCO) acompanha os trens em tempo real e pode intervir a qualquer momento, mantendo comunicação constante com os passageiros. Além disso, equipes especializadas continuarão atuando nas estações para suporte operacional e atendimento aos usuários.
A tecnologia utilizada segue o conceito de “falha segura”, ou seja, qualquer anormalidade no sistema é rapidamente detectada e controlada para evitar riscos. Para reforçar ainda mais a segurança e eficiência da operação, o Metrô implementou um novo Posto de Supervisão do Tráfego dentro do CCO, permitindo um monitoramento detalhado e remoto de sistemas essenciais dos trens, como baterias, ar-condicionado, portas, pneus, freios e comunicação com passageiros.

E os operadores?
O Metrô informou que nenhum operador perderá o emprego com a automação. Os profissionais serão mantidos na Linha 15-Prata ou realocados para outras linhas do sistema, de acordo com suas preferências e a demanda operacional.
Sindicato cogita greve
Apesar das garantias, o Sindicato dos Metroviários demonstrou preocupação com a retirada dos operadores e não descarta a possibilidade de greve. Em uma transmissão ao vivo, representantes da categoria argumentaram que a mudança pode comprometer a segurança dos passageiros.