No final do mês passado, estava prevista a entrega do primeiro transporte aquaviário coletivo de São Paulo, o chamado Aquático SP, que deve promover a ligação na Represa Billings, e atender a moradores dos bairros do Grajaú, Pedreira e Cocaia. O tempo estimado de travessia é de 17 minutos. Atualmente, é de 1h20 por meio de ônibus.
O trajeto entre o Cantinho do Céu e Pedreira, hoje é feito em 17,5 quilômetros de extensão. Os passageiros que realizam o percurso precisam utilizar duas linhas de ônibus e a viagem entre as duas regiões leva, em média, 1h20. Com a operação do Aquático-SP, o percurso das embarcações pela Represa Billings terá aproximadamente 5,6 km e o tempo de viagem será reduzido, possibilitando também uma ligação mais rápida ao Terminal Santo Amaro, polo de interesse da região.
Ações na justiça e intervenção
Mas ações na justiça acabaram frustrando os planos da prefeitura, e mais recentemente, foi decretado uma intervenção na empresa que iria operar o meio de transporte.
O juiz Antonio Augusto Galvão de França, da 4ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, seguiu com a suspensão das operações. Uma ação civil pública da promotora Maria Gabriela Ahualli Steinberg, do Ministério Público, alega que não houve estudos ambientais para as operações do sistema. A SPTrans tenta reverter as decisões.
Já sobre a Transwolff que iria operar o Aquático, e que agora passa por uma intervenção, a operação do meio aquático está contida nessa gestão da prefeitura nas operadoras. “Não haverá nenhuma paralisação no transporte público da cidade de São Paulo, em especial por essas duas empresas que hoje sofreram as investigações, os mandados e a intervenção”, afirmou o Prefeito Ricardo Nunes. Em outras palavras, quando o Aquático for liberado, ele será operado pela prefeitura, assim como os ônibus da empresa.