O Governo de São Paulo informou no começo da semana que qualificou 17 projetos no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP), que deverão trazer R$ 192 bilhões em investimentos nos próximos anos.
Entre os projetos, a administração estadual apontou o eixo oeste do Trem Intercidades, entre São Paulo e Sorocaba. De acordo com comunicado do governo, o serviço terá quatro novas estações, e extensão de cerca de 100 km.
O tempo estimado de percurso será de 60 minutos. Os estudos de viabilidade para o empreendimento foram contratados pela International Finance Corporation (IFC), instituição ligada ao Banco Mundial. A previsão é de investimentos de R$ 10 bilhões.
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O site MetrôCPTM mencionou em um artigo que o TIC Sorocaba terá compartilhada a faixa ferroviária das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.
Leilão em 2025
O Governo de São Paulo quer lançar o leilão do Trem InterCidades Eixo Oeste entre São Paulo e Sorocaba em 2025, de acordo com falas de membros da administração pública.
Durante o Fórum de Debates – Ferrovias em Foco, evento ocorrido em junho, Augusto Almudin – Diretor de Assuntos Corporativos da Companhia Paulista de Parcerias – CPP, disse que a administração estadual pretende estruturar o empreendimento no ano que vem.
“Tem também o TIC Sorocaba. É mais ou menos o projeto do TIC Campinas, só que indo em direção a Sorocaba com cerca de 100 km de trem expresso, greenfield também. A gente vai começar a estrutura agora, para entregar em 2024 e fazer o leilão em 2025.” – afirmou. O termo greenfield que Augusto cita, se refere a um novo empreendimento que começa do zero, com nada além de um campo verde.
Operação da ViaMobilidade?
Durante o processo de concessão das Linhas 8-Diamante e 9-Emeralda, quando a CPTM estava publicando as respostas sobre uma consulta pública entre os interessados na concorrência, foi questionado o projeto do trem até Sorocaba, que poderia seguir em paralelo com a ferrovia que vai do centro até Amador Bueno.
Antes do leilão, chegou a ser cogitado a extensão do serviço de Amador Bueno até Sorocaba, mas o edital não prevê que o operador tenha que construir ou implantar a ferrovia. No entanto, caso o poder público decida por implantar o atendimento, o novo operador deverá manter o serviço.
Houve um questionamento sobre a extensão, e a CPTM responde que o contrato “não diz respeito à obrigação da Concessionária de realizar obras de implantação das Linhas até a Região de Sorocaba, mas de, obrigatoriamente, operar e manter as linhas, incluindo o trecho correspondente à eventual expansão, caso o Poder Concedente decida pelo prolongamento das Linhas“.
A resposta ainda esclarece que “tal disposição não guarda qualquer relação com eventual prorrogação antecipada do contrato, que, se vier a ser implementada, deverá observar os termos da Lei Estadual nº 16.933/2019“. O texto ainda esclarece que “a inclusão no Contrato de eventuais investimentos em obras civis, equipamentos e sistemas para expansão das linhas até a Região Metropolitana de Sorocaba observará as regras de inserção dos investimentos adicionais”.
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