CPTM

Linha da CPTM entre Guarulhos e ABC: a linha do tempo da Linha 14

O ano era 2014, e o projeto era um monotrilho ligando as regiões do ABC e Guarulhos, nascendo assim o eixo denominado 14-Ônix, que assumiu uma nomenclatura de um expresso que ligaria o centro ao aeroporto, que mais tarde acabou se tornando o Expresso derivado da Linha 13-Jade.

Os primeiros esboços da Linha 14 já mostravam uma ligação entre uma futura estação esperada para ocupar o lugar da antiga Parada Pirelli até Guarulhos, mas na região de João Paulo:

Quatro anos depois, em 2018, os trens aéreos deram lugar (pelo menos na imaginação e projeto) a um sistema de Veículos Leves Sobre Trilhos, com trechos em superfície, subterrâneo e em elevado.

O projeto funcional elencou 28 paradas ou estações para um rota de Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT. A possível nova linha serviria como uma ligação perimetral e atenderia regiões importantes da Zona Leste de São Paulo.

O ponto de partida é na futura estação ABC, na região da antiga Parada Pirelli, entre Celso Daniel-Santo André e Capuava. Depois a linha segue pelas estações Avenida dos Estados e Vila Curuçá, neste trecho em via elevada, e depois Cidade dos Meninos em superfície e por fim até Oratório em elevado.

A linha 14 cruzaria o monotrilho da Linha 15-Prata em Sapopemba, por meio de um túnel que iniciaria perto dos limites entre os dois municípios até a futura estação Teotônio Vilela. A linha segue pelas paradas Artigas, Jardim Tietê e Rio das Pedras pela superfície. Um provável caminho do VLT seria pela avenida Arquiteto Vila Nova Artigas.

O VLT cruza o Rio Tietê em via elevada, depois chega a superfície até a futura estação Santos Dumont já em Guarulhos. Segue em elevado pelas estações Jutino de Maio e Jati, e depois segue em túnel pelas paradas Jati e Monteiro Lobato, e depois em superfície até a estação Guarulhos-Cecap, em conexão com a Linha 13-Jade da CPTM.

Do esquecimento a revisão do projeto

A linha tinha ficado esquecida, inclusive em mapas da rede futura, mas em março, um documento da operadora na qual o Via Trolebus teve acesso mostra que o projeto podeia renascer.

A decisão de tirar do papel o novo eixo de transporte ficará com o próximo governo, e a nova linha poderá ter mudanças, a depender de novos estudos. “Revisar dados de demanda, diretrizes do traçado e modal de atendimento” e “realizar levantamento aerofotogramétrico” aparecem descritos no documento.

Já em setembro, a linha reaparece agora com 39 quilômetros de extensão e 26 trens em operação. O projeto ganhou uma extensão ao sul de Santo André, atendendo a região de Jardim Irene e Vila Luzita. Na outra ponta, a linha vai mais a leste de Guarulhos na Região de Bonsucesso:

STM

No slide apresentando nesta semana pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos,  na 28º Semana de Tecnologia Metroferroviária, mostra que o projeto funcional será contratado novamente, consolidando a revisão.

 

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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