O Governo de São Paulo propôs um projeto de lei que autoriza a exploração da infraestrutura ferroviária no estado por meio de novas concessões à iniciativa privada. A administração estadual apresentou o PAM-TL (Plano de Ação de Transporte de Passageiros e Logística de Cargas para a Macrometrópole Paulista), que prevê investimentos em torno de R$ 70 bilhões.
A proposta segue uma Lei Federal, a 14.273/2021, o que trouxe um novo marco regulatório do setor, permitindo shortlines (linhas de trajeto curto) que, agora, também estão sob responsabilidade de estados e municípios.
Há planos de construção do rodoanel. Outro é o chamado Expresso Carga. De acordo com o PAM-TL, com exceção da cremalheira do Vetor 3 – Sul, o Expresso Carga operará trens de 800 m de comprimento, com 41 vagões, capacidade de 1.250 ton e velocidade máxima de 120 km/h. Será puxado por duas locomotivas elétricas com uma bateria adicional para manobras nos pátios.
A unitização de carga é o processo de agregar volumes fracionados em uma única unidade de carga, mantida inviolável ao longo de todo o percurso. Esse processo será feito nos CDs das PLRs de Campinas, Sorocaba ou São José dos Campos em caixas denominadas VUCBoxes. Em seguida serão acomodadas em pilhas duplas nos vagões do EC. Os trens funcionarão como shuttles que percorrem sem paradas intermediárias os trechos entre PLR e PLU. Na PLU, cada VUCBox é, por fim, carregada em um caminhão VUC, fixada por um pino de encaixe ao chassi do veículo, prosseguindo em caminhão até o destino final.
O plano prevê as intervenções até 2040, além da duplicação do trecho oeste do Rodoanel; e a licitação da Linha Verde – rota carbono zero de ligação bimodal (rodoviária e ferroviária) entre São Paulo e o Porto de Santos para o escoamento da produção nacional.