A Prefeitura do Rio de Janeiro, em um comunicado, diz que o processo de intervenção no sistema BRT completou seu primeiro mês, e que as medidas melhoraram os serviços, como o aumento da oferta de veículos articulados, criação de três linhas eventuais de apoio (batizadas de ‘Diretão’), e a organização de filas nas estações e terminais.
Dos 297 articulados encontrados nas três garagens, apenas 120 estavam circulando no primeiro dia de intervenção, muitos deles em estado extremamente precário. Atualmente, são 145 articulados em operação. Até a semana que vem, serão 150. Esse aumento é resultado apenas da manutenção corretiva aplicada aos ônibus.
“Temos um longo caminho para deixar o BRT do jeito que os cariocas merecem. Mas os primeiros avanços que conseguimos já melhoraram um pouco o serviço. Queremos muito mais e trabalharemos para isso”, afirmou o prefeito Eduardo Paes.
“Avançamos em diversos pontos, mas ainda há muito trabalho pela frente. O objetivo é melhorar o serviço e dar mais dignidade a quem utiliza o sistema. Vamos seguir recuperando os articulados para reduzir a superlotação, principalmente nos horários de pico. Outra meta é reabrir estações de BRT fechadas por problemas de vandalismo e segurança ao longo dos próximos meses”, disse a secretária de Transportes, Maína Celidonio.
A primeira medida adotada foi a criação do serviço eventual de ônibus convencionais no trajeto entre Santa Cruz e o Terminal Alvorada nos horários de pico da manhã e da tarde. Esse serviço de ‘Diretões’ foi ampliado no decorrer do último mês e já atende à demanda também dos passageiros que utilizam as estações do BRT Pingo D’Água e Magarça. Na próxima semana, será estendido até a estação Mato Alto. No total, o reforço à frota será de 90 ônibus comuns.
A operação com as linhas auxiliares começou pelo corredor Transoeste por ser o de maior demanda. Com a redução do fluxo de passageiros nos articulados, alguns veículos passarão a atender o corredor Transcarioca.
Aporte de recursos
Outra medida anunciada foi a autorização pela Câmara Municipal de um aporte no valor de R$ 133 milhões. Os recursos serão destinados à recuperação do sistema, durante a intervenção, com investimentos na reforma e reabertura das estações que se encontram fechadas, ações para trazer mais segurança e conforto aos passageiros, compra de combustível e pagamento de folha de funcionários. Também serão injetados recursos públicos para solucionar o déficit do BRT Rio. No final da intervenção, todos os gastos públicos serão contabilizados e incluídos em um acerto de contas a ser realizado com os consórcios responsáveis pela operação do sistema.