A Concessionária BRT Sorocaba e o Consor, empresas de transporte coletivo da cidade, por meio de um a nota, informaram que incentivam a presença feminina no setor e afirmam que há oportunidades no segmento. A operação do Corredor Ipanema que será ativada em breve, ganhará três motoristas mulheres dirigindo os ônibus superaticulados. Um cenário inédito no quadro de motoristas do BRT.
Embora o número de mulheres motoristas ainda seja tímido, as empresas querem aumentar o quadro feminino e orienta que mulheres interessadas no segmento invistam na formação profissional.
“Pouca gente sabe, mas além do cargo de motorista, temos entre nossas colaboradoras, mulheres atuando como manobrista, pintora, mecânica e eletricista de ônibus. Elas conquistaram este espaço e são profissionais de referência no que realizam. Temos muito orgulho de ter um time plural e que faz a diferença no serviço de transporte. Estamos falando do Dia Internacional da Mulher, mas para nós, o dia delas são todos os dias, pois reconhecemos, incentivamos, valorizamos e, principalmente, respeitamos o que elas fazem diariamente”, afirma Manoel Ferreira, Diretor de Operações da Concessionária BRT Sorocaba.
A operadora ainda destaca as mulheres que estão na retaguarda da operação, como por exemplo em setores de manutenção.
“Trabalho há 20 anos como mecânica e me orgulho muito disso. Sou especializada em parte pneumática (freio), é um serviço pesado, mas eu gosto e incentivaria outras mulheres que tem a vontade de se tornarem mecânicas. Eu consegui, elas também conseguem, é só se esforçar e aprender. O maior desafio que enfrentei foi no começo, porque os outros mecânicos da época eram machistas e achavam que mulher tinha que estar no fogão em casa. Mas, tive sorte e encontrei um colega muito parceiro que me ensinou. Aos poucos, fui aprendendo e com muita raça e mostrando serviço, ganhei o respeito da turma. Hoje, sou vista e respeitada porque provei do que sou capaz. Sou forte!”, afirma Iranilda Vicente, 57 anos, Mecânica.
“Eu era lavadora de autos, fui promovida a manobrista há 7 meses e gosto do que faço. Estou contente na minha profissão de manobrista. É gratificante quando conseguimos alcançar o nosso objetivo”, diz Elissangela Sanches, 44 anos, Manobrista.
“Há dois anos estou trabalhando como eletricista. Aos poucos tive a oportunidade de crescer na empresa. Na minha função, todos os dias estamos sempre aprendendo algo novo, gosto de aprender e isso é um incentivo para sempre ir melhorando. Para as mulheres que querem trabalhar como eletricista diria que corram atrás. No começo é difícil, mas se tiver paciência e se esforçar, consegue”, conta Gilvânia da Silva, 44 anos, Eletricista.
“Tenho sete anos como pintora e amo a minha profissão. Este é um trabalho que faço e vejo o resultado. Isso é realizador. No setor de pintura, fui a primeira mulher a entrar e seria muito bom se mais mulheres estivessem na área da pintura”, fala Edneia Muniz, 46 anos, pintora.