A decisão de trocar o projeto de Veículo leve sobre trilhos – VLT entre Cuiabá e Várzea Grande por um corredor de ônibus, anunciada no final do ano, ganhou um novo agente contra: O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que tomou posse e já prometeu judicializar o processo.
Emanuel prometeu ingressar com ações junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, com mesmo teor, para impedir que o governador Mauro Mendes consiga trocar a tecnologia do eixo de transporte.
“Não aceitamos em hipótese alguma a condição do governador em relação ao VLT. Querer discutir o modal agora, para nós é totalmente fora de propósito. Tinha que ter discutido há sete anos. Essas medidas judiciais têm o mesmo embasamento. Nós queremos que Cuiabá seja ouvida. Que seja suspenso qualquer ato do governo do estado sobre a mudança do modal”, afirmou.
Foram mais de R$ 1 bilhão repassados para o consórcio construtor e 44 trens comprados.
Esta decisão de manter o VLT , ao invés de trocar para o BRT, é a decisão mais sensata que tem, já que foi gasto muito dinheiro público com o projeto, veículos e trilhos colocados. Ao mudar de modal haverá novos gastos, além disto o BRT a médio prazo fica saturado. É só ver como está o Transmilênio em Bogotá. Além disto o VLT, além de proporcionar um transporte coletivo de qualidade para a população, valoriza o entorno por onde passa. Como exemplo temos Medelin, na Colômbia e Cuenca, no Equador. Quanto à questão de custo da passagem o transporte público é subsidiado até nos Estados Unidos. Um transporte público de qualidade faz com que haja menos automóveis circulando. Um BRT a médio prazo tem um maior custo de manutenção que o VLT. Infelizmente a grande maioria dos políticos não têm visão de longo prazo.