VLT

Entidades elencam 13 pontos favoráveis ao VLT de Cuiabá

O governo do Mato Grosso decidiu por descontinuar o projeto de Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT que atenderia Cuiabá e Várzea Grande, alegando altos custos, e decidiu implantar um corredor de ônibus no lugar.

No entanto, entidades que representam a indústria e os serviços de mobilidade, transporte urbano de passageiros e engenharia no País, por meio de uma Carta Manifesto, elencaram pontos em favor do meio de transporte sobre trilhos.

O comunicado diz ainda que “interesses nacionais e da sociedade para expressarem preocupação com o ato do Governo do Estado de Mato Grosso, que sem estudos técnicos suficientes, decidiu de forma simples e equivocada mudar o modal de transporte de passageiros entre Cuiabá e Várzea Grande, de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) para BRT (Bus Rapid Transport)”.

De acordo com a carta, não há elementos técnicos suficientes que justifiquem a alteração do modal e que, no melhor interesse público e benefício da sociedade, no menor prazo possível, as obras do VLT deveriam ser concluídas.

O resumo ponto a ponto em anexo, evidencia que o VLT é a melhor alternativa para Cuiabá – Várzea Grande, dentre outras, pelas seguintes razões:

– Melhor interesse público;
– Menor custo para conclusão das obras;
– Menor tempo para implantação;
– Licenças Ambientais, autorizações, projetos básicos e executivos, demais documentos necessários, já existentes;
– Melhor forma de contratação, com investimentos majoritariamente privados (PPP);
– Menor tempo para publicação de edital de licitação. Primeiro trecho já está praticamente pronto, basta dar andamento;
– Menor risco. Projeto executivo existente e parcialmente implantado;
– Material rodante já adquirido, entregue e pronto para entrar em operação;
– Maior velocidade operacional pois dispõe de menor tempo de carregamento nas estações (portas mais largas), via dedicada (sem interferências), sistemas operacionais que automatizam e otimizam sua operação, como por exemplo o sistema de priorização semafórica;
– Menor custo operacional, pelo menor número de condutores, pois carrega mais passageiros por unidade (trem);
– Cabines nas extremidades do VLT facilitam a inversão de sentido nos pontos terminais, enquanto os BRTs necessitam de grandes áreas para manobras, o que implica em mais desapropriações;
– Sistema estruturante, integrado e abastecido por outros modais;
– Os sistemas VLT são conhecidos como indutores de transformações urbanísticas, melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento socioeconômico, como ocorreu, por exemplo, no Brasil: Rio de Janeiro e Santos, ou em praticamente todas as 200 cidades em que foi mundialmente implementado, a exemplo de: Bilbao, Zaragoza, Sevilha e tantas outras.

A carta ainda diz que o projeto de corredor de ônibus chamado de BRT, está em fase ainda preliminar, sem estudos definitivos, projetos básicos, executivos, licenças ambientais… o que torna impossível avaliar a alternativa BRT corretamente e, menos ainda, compará-la com o VLT.

Assinam a carta, a Abifer – Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, Simefre – Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários, ANTP Trilhos, AEAMESP – Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô e o Instituto de Engenheira.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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