A promessa de apresentação de um laudo que apontaria os motivos da paralisação do monotrilho da Linha 15-Prata parece que não foi apresentado pela Bombardier, ou pelo menos não foi divulgada pelo Metrô. Havia a espectativa de que o documento seria apresentado nesta quarta:
A Bombardier se comprometeu a apresentar nesta quarta (11) os resultados das análises nos pneus e trens do monotrilho da Linha 15-Prata, após realizar testes dinâmicos complementares. A linha só volte a atender os passageiros com todas garantias de seu funcionamento adequado pic.twitter.com/vcHcMfkwdI
— Metrô de São Paulo (@metrosp_oficial) March 11, 2020
O monotrilho segue inoperante pelo 13º dia consecutivo sem funcionar, e o Metrô renovou a solicitação dos ônibus gratuitos para cobrirem o trecho até pelo menos domingo.
Investigação do MP
O Ministério Público de São Paulo anunciou a abertura de inquérito civil para investigar “possíveis irregularidades” no meio de transporte.
A ação foi do promotor Silvio Antonio Marques, alegando que o monotrilho vem acumulando “falhas e atrasos em série”, prejudicando e “colocando em risco os usuários da região Leste de São Paulo”.
“Desde a inauguração, a Linha 15-Prata, que ainda é a única que utiliza tal modelo na cidade de São Paulo, acumula atrasos e uma série de falhas, sendo que, diariamente os usuários enfrentam velocidade reduzida, troca de trens, grandes intervalos e superlotação. (…) As irregularidades ocorrem desde 2016, quando um trem deixou a plataforma com todas as portas abertas, colocando em risco a vida dos passageiros, já que os trens do monotrilho circulam a altura média de 15 metros, sobre pilastras”, afirmou Marques.
Outro ponto apresentando pelo MP é que a obra foi anunciada com investimentos de R$2,8 bilhões, mas o valor gasto até o momento atinge R$5,5 bilhões.