Oito, dos 15 trens mais novos da Trensurb, sistema ferroviário que atende a seis cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre, estão parados, de acordo com o portal G1. Os veículos em questão são da série 200, que foram fornecidos pelo consórcio FrotaPoa, formado por Alstom e CAF.
De acordo com a operadora, seis comboios aguardam conserto e outros dois estão em manutenção periódica. As composições devem voltar a operar somente a partir do fim de janeiro e ao longo de fevereiro.
“Temos seis trens série 200 que estão em atendimento pelo consórcio fornecedor por questões cobertas pela garantia: quatro aguardam válvulas de nivelamento para substituição e dois têm problemas no suporte de biela, estando indisponíveis há cerca de um mês”, informou a Trensurb.
“Erros grosseiros” na série 200
Parte da série 200 ficou pelo menos 3 anos sem operar por conta de falhas no projeto. Os trens foram adquiridos em 2012, mas em 2015 ficaram parados por problemas técnicos graves, como falhas nas rodas e até infiltração nos rolamentos. Dirigentes da empresa admitiram problemas de qualidade nos novos trens e “erros grosseiros” em alguns equipamentos.
Os representantes chegaram a avaliar que a Trensurb fez um mau negócio e que, se fossem fazer a compra hoje, a executariam de forma diferente.
São vários os problemas destes trens. Não era necessário comprar pois não há demanda, uma licitação feita às pressas, receberam os trens com 40 itens fora da especificação, durante a operação dos trens foram encontrados 20 itens graves que poderiam causar problemas, a carroceria é da Alstom e o truque é da CAF, enfim uma bagunça geral.
Viatrolebus-12 / dezembro / 2019 “Industria avalia que aquisição de 78 trens entre Metrô e CPTM deveriam levar em conta material nacional”
Segundo estimativas ABIFER – Associação Brasileira da Indústria Ferroviária. A indústria amarga ainda seis anos sem quaisquer encomendas significativas no mercado doméstico, ou seja, trem de passageiros.
Entendo ser justo esta reivindicação pois existe um grande componente social e econômico envolvido, porém esta associação, não pode ignorar o que seus associados tem causados transtornos relevantes aos clientes com relação ao seus produtos finais, pois eu conhecendo pessoalmente o engº Vicente Abate, diretor do SIMEFRE (Sindicato Interestadual de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários) e presidente da ABIFER, deveria dar uma advertência aos seus associados para resolver com urgência este imbróglio com relação a Trensurb.