O funcionamento do VLT do Rio de Janeiro pode estar com os dias contados, mais precisamente 30 dias. Isso é o que alega o presidente do consórcio responsável pela operação do modal, Márcio Hannas, em entrevista ao jornal O Globo nesta quinta, 21. Segundo ele não há outra alternativa mediante o impasse com o órgão municipal que vem desde maio de 2018.
Em nota ao jornal, a Prefeitura do Rio de Janeiro informou que, “diante de graves problemas encontrados no contrato de concessão do VLT, assinado pela gestão anterior, a prefeitura do Rio decidiu rever os termos dessa Parceria Público-Privada (PPP)”.
O Ministério das Cidades, hoje extinto, foi responsável por 46% dos investimentos da obra. Os outros 54% ficaram a cargo das empresas. A prefeitura pagaria ao consórcio, no entanto, uma contraprestação pecuniária pelas obras. A lógica usada foi a de que, ao fim do período da concessão, de 25 anos, o bem pertencerá ao município, que poderá relicitar a operação.
Desde maio do ano passado, no entanto, este pagamento parou de ser feito a concessionária. Hoje o sistema transporta, diariamente, 80.000 pessoas.
Outro ponto que a Prefeitura alega de penalização a ela, feito no contrato da gestão anterior com o consórcio, é que quando todo os sistema estiver operando, o município tem que pagar um valor à concessionária, caso não seja atingida a meta de transportar 260 mil pessoas por dia útil. Como a meta está longe de ser atingida, a gestão municipal alega um rombo em suas contas que não tem como arcar.
Esta semana, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, alegou que o modal é uma “porcaria” (leia aqui).