Com a estação das chuvas na região metropolitana de São Paulo, sobretudo no primeiro semestre, uma fator pode comprometer a operação do monotrilho na capital paulista: o vento forte.
Confira o vídeo da reportagem no canal do Via Trolebus no YouTube:
Reportagem escrita:
O Via Trolebus apurou que quando as rajadas são acimas de 65 km/h, a operação tem de ser paralisada. Este tipo de ocorrência contribuiu para restrições operacionais na Linha 15-Prata, que liga a estação Vila Prudente à Vila União.
No dia 26 de fevereiro, por exemplo, a cidade ficou em estado de atenção após as 13h25. Às 14h11, a operação na Linha 15 foi afetada por “restrições operacionais”.
Procurado pelo site, a operadora confirmou que adota as medidas, e que estas situações são para preservar a segurança dos passageiros. Disse também que este tipo de procedimento é feito em sistemas de trens aéreos pelo mundo:
“A Linha 15-Prata atende a todas as determinações de segurança impostas pelo fabricante dos trens e do sistema de sinalização do monotrilho. Essas diretrizes estabelecem a parada das composições nas estações quando a velocidade do vento exceder 65km/h, medida apurada por um equipamento instalado na via elevada.
Essa determinação é seguida em todos os monotrilhos do mundo, para preservar a segurança dos passageiros e do sistema em situações atípicas da natureza.”
Falhas
Em janeiro de 2019, de 31 dias de operação, em pelo menos 13 deles, o monotrilho teve restrições na operação. A informação foi apurada pelo portal Via Trolebus com base nos dados na ferramenta Direto do Metrô, em que a companhia informa as panes.
Já em fevereiro, em 28 dias de operação, também em 13 o monotrilho teve ocorrências que afetaram a circulação das composições. Em dois dias, a operação ficou paralisada, e os passageiros tiveram que trocar o meio de transporte por ônibus disponibilizados gratuitamente.
O Metrô, por sua vez, diz que os problemas são comuns devido a nova tecnologia, e que a segurança está garantida. Confira nota da companhia na íntegra:
“Por ser o monotrilho um novo meio de transporte, inédito em São Paulo, a Linha 15- Prata tem apresentado complexidades em sua operação. Vale ressaltar que nenhuma das falhas registradas recentemente, sejam as apresentadas pelo sistema de alimentação elétrica ou as originadas em equipamentos de via, trouxe riscos à segurança dos usuários. No trecho entre as estações São Lucas e Vila União, que passou a funcionar de 4h40 até meia- noite a menos de um mês, as equipes que fazem os serviços de manutenção programada estão atuando continuamente para evitar as falhas técnicas que afetem a circulação dos trens. Quando as falhas acontecem, as equipes de manutenção corretiva passam a atuar imediatamente e o PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência), que oferece viagens gratuitas de ônibus paralelas ao trecho da linha com problemas operacionais, é acionado para dar alternativa aos passageiros.”