A linha das universidades e que uma de suas futuras estações foi protagonista do episódio “gente diferenciada”. Estamos falando da futura Linha 6-Laranja do Metrô.
Confira o 19º vídeo no canal do Via Trolebus no Youtube:
O projeto da Linha 6-Laranja, ligando a estação São Joaquim até a Zona Norte de São Paulo nasceu na década passada.
Em 2008, a prefeitura de São Paulo, junto com o governo estadual anunciaram que tocariam o projeto, com diferenças do trajeto atual.
A linha ligaria a estação São Joaquim a dois pontos da zona norte: uma ponta a Brasilândia e outra ponta, a freguesia do ó. Seria então a primeira vez que uma linha de metrô de São paulo operaria em “Y”, ou seja, o passageiro que tivesse na estação, viria trens com sentidos diferentes e alternados.
Mas em meados de 2010, o governo do estado abandonou esta ideia de Y, e a linha teria 15,3 km de extensão e 15 estações. Ela conectaria apenas a Brasilândia até a estação São Joaquim.
Na época, o metrô cogitou construir a então linha 16-Prata, entre a estação lapa até a Freguesia do Ó. Era previsto um monotrilho, em uma época que os projetos de aerotrem começaram a pipocar na cidade. Mas, sem maiores explicações o projeto sumiu do mapa, e no lugar, la em meados de 2013, começou a aparecer nos mapas futuros a linha 16-Violeta, ligando o Ipiranga ao bairro do Cachoeirinha com 17 Km de extensão e 20 estações.
Voltando a Linha 6-Laranja, em 2011 com o conhecimento do projeto funcional da linha, já com a localização das estações, a futura estação Angélica que ficaria na avenida de mesmo nome foi palco da polêmica “gente diferenciada”;
Uma moradora do bairro afirmou a um jornal que não queria a estação no bairro pois atrairia “drogados, mendigos, uma gente diferenciada”.
A frase então se tornou assunto nas redes sociais, e as pessoas contrárias a afirmação da moradora promoveram o “Churrascão da Gente Diferenciada”, um protesto com direito a churrasco e refrigerante para a geral. As pessoas ficaram indignadas com a posição da moradora, pela importância de uma linha de metrô para a população, sobretudo para aquelas que se deslocam na cidade.
No começo da década, também foi anunciada duas expansões, uma rumo a Rodovia dos Bandeirantes, a oeste, e outro a Cidade Líder na zona leste de São Paulo, passando pelo cambuci, Mooca, Anália Franco, e Vila Formosa.
No entanto, segundo uma recente reportagem do site Metrô/CPTM, uma nova linha é pensada para ligar a zona leste, até a região da Paulista. A chamada Linha 16-Violeta, que assumia o traçado da 6 laranja da zona leste, e assumiria também a nomenclatura daquela outra linha entre o Ipiranga e a zona norte.
Em 2012 foi anunciado uma Parceria Público Privado – PPP para a construção da linha, Na época o modelo descrito como a melhor forma de agilizar a expansão das linhas metroferroviárias.
Só em 2015, o consórcio Move São Paulo, vencedor da licitação, ficou com a missão de construir e operar a Linha 6 ao custo de R$ 8 bilhões, mas em três anos entregou apenas 15% da obra.
As empresas que formam a concessionária não conseguiram mais empréstimos para o financiamento de obras depois que passaram a ser investigadas pela Operação Lava Jato.
Em setembro de 2016, a construção da Linha 6 foi precisou ser suspensa. Então a grande solução de PPPs, neste caso não deu certo.
Agora o governo estadual está no processo de caducidade, e então decidir se faz uma nova licitação ou toca com recursos próprios. Em qualquer uma das opções, não teremos obras tão imediatamente.
Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, e equipe do governador eleito, João Doria, cogita tocar linha com recursos próprios do estado, prevendo não haver interessados para assumir o ramal.
O passageiro que se desloca no traçado em que a linha é projetada, hoje gasta 1h30. Com a nova linha ele poderá fazer o percurso em 23 minutos.