Foto: Renato Lobo
Mobilidade Urbana

Virada Sustentável de São Paulo propõe debate sobre mobilidade urbana

A mobilidade urbana em grandes metrópoles será um dos temas discutidos durante a sétima edição da Virada Sustentável de São Paulo, evento que a cidade sedia entre os dias 24 e 27 de agosto. Com a participação de especialistas em transporte, além de empresas e instituições envolvidas com o tema, o painel “ContAí – Cidades”, patrocinado pela thyssenkrupp, abordará projetos e soluções que vão ao encontro do desenvolvimento de uma infraestrutura de transporte integrada e articulada, e em alinhamento com as necessidades dos grandes centros urbanos. O painel será realizado no dia 24, a partir das 15h, no auditório do Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500).

 

Com uma frota que já ultrapassou a marca de 8 milhões de veículos, a cidade de São Paulo é um exemplo que reforça a necessidade de se viabilizar um modelo de mobilidade urbana que priorize o transporte público coletivo e a integração entre diferentes modais. Dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) mostram que o número de veículos circulando na capital paulista cresceu 400% entre os anos 1970 e meados de 2000, enquanto que a malha viária aumentou apenas 21% no mesmo período.

 

Com 12 milhões de habitantes, número que a coloca entre as dez metrópoles mais populosas do mundo segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, São Paulo exemplifica os desafios que as cidades enfrentam com a urbanização crescente e seu impacto na mobilidade urbana. Estudo da ONU indica que a proporção de pessoas vivendo em cidades no mundo, que hoje é de uma em cada duas, passará a ser de duas em cada três em 2030.

 

“Precisamos expandir a discussão sobre mobilidade urbana para além da integração entre modais, mostrando que hoje há uma série de tecnologias que, se bem empregadas, podem contribuir com a questão ao facilitar o deslocamento nas grandes cidades e ao diminuir o inchaço em regiões de grande fluxo”, diz Joel Coelho, gerente da área International Technical Services (ITS) da thyssenkrupp Elevadores, um dos participantes do painel.

 

Segundo Coelho, à medida que as cidades continuam crescendo e os edifícios estão cada vez mais altos para acomodar mais pessoas, planejadores urbanos e arquitetos enfrentam desafios significativos para mover as pessoas até seus destinos com conforto e rapidez. “Mas já existem inovações tecnológicas para lidar com esse cenário. O MULTI, primeiro elevador sem cabos do mundo, é uma delas. Ele tem capacidade de transporte até 50% maior que os elevadores convencionais e, como pode se mover para a vertical e para a horizontal, e sem limitações de altura, abre possibilidades sem precedentes para a arquitetura e o design dos edifícios”, comenta o executivo da thyssenkrupp, ao destacar que a solução também pode ser aplicada em estações de metrô, possibilitando uma conexão mais eficiente entre múltiplos pontos de acesso e servindo a uma área maior dentro da cidade.

 

“Isso ajudará a reduzir o fluxo de pessoas em regiões centrais servidas por múltiplas estações de metrô e diminuirá o número total de paradas, contribuindo para mitigar os custos gerais com a construção de novas linhas”, acrescenta Coelho.

 

Outra inovação que a thyssenkrupp desenvolveu para melhorar a mobilidade urbana é o ACCEL, um sistema exclusivo de esteiras rolantes que oferece alta capacidade de transporte com velocidade para distâncias curtas de até 1,5 km. Com ele, os passageiros ganham tempo durante sua locomoção pelas cidades, ao passo que empresas e órgãos de transporte coletivo contam com outra opção, além da construção de novas estações, para interligar distâncias curtas. Esse sistema de transporte garante, por exemplo, acesso rápido a estações de metrô e reduz o tempo de conexão em aeroportos, facilitando o deslocamento dos passageiros entre as portas de embarque ou entre as áreas de estacionamento afastadas dos terminais.

 

Com o ACCEL, o tempo estimado para os passageiros percorrerem uma distância de 270 metros nos aeroportos é de apenas 140 segundos, o que representa uma economia de 66%, em comparação com o tempo de 415 segundos gastos habitualmente. Por hora, o sistema pode transportar até 7.300 passageiros.

 

Fonte: Assessoria thyssenkrupp

Sobre o autor do post

Caio Lobo

Paulistano e Corinthiano, formado em Marketing porém dedicou sua experiência profissional, pós-graduação e MBA na área de Finanças. Temas relacionados à mobilidade urbana o fascinam, principalmente quando se fala de metrô.

Via Trolebus