Após reportagem de ontem, 22, sobre as entregas previstas do Metrô para este ano e o próximo (relembre aqui), o jornal Folha de São Paulo fez hoje, 23, uma reportagem de destaque focando os atrasos para entregar a expansão metroviária. Mais uma reportagem que não é novidade para os leitores do Via Trolebus mas vamos aqui comentá-la.
O Governador Geraldo Alckmin, em campanha de 2010, disse que entregaria todas as estações da linha 4 – amarela e 5 – lilás até o fim daquele mandato, que se encerrou em 2014. Também havia previsto entregar a primeira fase do monotrilho da linha 17 – ouro.
A conclusão da linha 4 – amarela deve ficar somente para 2019, já em outra gestão. Somente a estação Fradique Coutinho foi entregue em 2014. As estações Oscar Freire e Higienópolis – Mackenzie serão entregues este ano, São Paulo – Morumbi em 2018 e Vila Sônia em 2019. Em campanha, o governador já havia prometido levar o ramal até Taboão da Serra, o que agora não há nem previsão. Um dos motivos pelo atraso foi a rescisão de contrato com o consórcio que tocava aobra. Uma nova licitação levou quase 1 ano. Hoje, aparentemente, parece que as obras estão em ritmo avançado.
Na linha 5 – lilás, somente a estação Adolfo Pinheiro foi entregue em 2014. As demais, com exceção de Campo Belo que fica para 2018, devem ser entregues este ano.
A linha 6 – laranja, que ligará Brasilândia a São Joaquim, estão com as obras paradas desde o ano passado. A linha é tocada pela iniciativa privada e não conseguiu financiamento junto ao BNDES. O Governo do Estado deu prazo até junho para que as obras voltem. Não deve ser entregue antes de 2021.
Outro imbroglio é o monotrilho da linha 15 – Prata que deveria chegar a Cidade Tiradentes. Agora, caso concretizada a última promessa, deve chegar só até São Mateus ano que vem. Neste caso, os trabalhos chegaram a ser interrompidos por erros de projeto. Descobriu-se, com as obras em curso, que não era possível perfurar o solo para fincar a estrutura de estações na região da av. Luiz Ignácio Anhaia Mello em locais que já haviam sido desapropriados. Foi preciso paralisar as obras, com gastos adicionais e atrasos, para desviar essas galerias de água e avançar no monotrilho.
No caso da linha 17 – ouro, empreieiras que tocavam a obra pararam a obra no meio. A maioria delas envolvidas na Lava – Jato. Depois de um tempo, novas contrutoras retomaram as obras porém a parte que passa pela Marginal Pinheiros e a estação Morumbi continuam paradas. Havia a promessa da linha chegar a Paraisópolis e ao estádio do Morumbi porém não há mais prazo.
Prometidas para 2020, tanto a linha 6-laranja como a expansão da linha 2-verde até Guarulhos já não têm mais data certa de entrega, pois os trabalhos foram suspensos em razão de dificuldades no atual cenário econômico.
A linha 18 – bronze, por monotrilho, que ligará a estação Tamnaduateí ao ABC, também será tocada pela iniciativa privada. Neste caso, o problema está do lado do Governo do Estado que é responsável pelas desapropriações e também nao conseguiu verba junto ao Governo Federal. O consórcio, que assinou o contrato em 2014, espera o desenrolar deste tema para começar as obras.
A reportagem ainda lembra que algumas linhas projetadas caíram no limbo como as linhas 19-celeste (Campo Belo – Guarulhos) , 20-rosa (Lapa – Moema) e 23-magenta (Lapa – Dutra) do metrô, cuja construção constava do Plano Integrado de Transporte Urbano 2025.