Em vias urbanas, as velocidades máximas seguem critérios de acordo com as regiões. Por exemplo, em avenidas a máxima permitida pode ser 50 ou 60 km/h dependendo da cidade, e em ruas de bairros, com grande número de pedestres, este número pode ser menor, de 30 ou 40 km/h.
Levando em conta este conceito, a Volvo utiliza um limitador de velocidade em seu novo projeto de ônibus elétrico-híbrido na cidade de Curitiba, que determina a velocidade máxima em cada trecho do itinerário. É a tecnologia chamada ITS4Mobility – Gestão de tráfego.
As velocidades são ajustadas eletronicamente, sem que o operador possa ultrapassar o limite de velocidade estabelecido pelas leis de trânsito.
A partir ainda deste dispositivo, as operadoras têm acesso a dados como tempo de percurso, pontualidade dos veículos, quantidade de ônibus nos trajetos e velocidade média por linha e viagem em tempo real. Estes dados podem ser disponibilizados aos passageiros por meio de aplicativos, e em painéis instaladas nas paradas.
Modo elétrico em regiões calmas
Desde agosto o HibriPlug é testado na linha 285 – Juvevê – Água Verde, que cruza o centro da capital paranaense. O veículo é recarregado no ponto final, e depois opera em modo misto, ou seja, como motor elétrico e em híbrido convencional.
Em uma viagem que o Via Trolebus embarcou no novo ônibus, um dos engenheiros nos contou que em determinadas regiões, o modo elétrico, mais silencioso, é ativado de acordo com as características do bairro. Por exemplo, em torno de hospitais ou escolas, convêm um meio de transporte que emita menos barulho.
Por hora a Volvo calcula que o HibriPlug esteja operando 55% do tempo no modo 100% elétrico, consumindo 65% menos combustível que o modelo convencional a diesel e 30% menos que híbrido convencional de primeira geração.
“É um resultado ótimo, considerando que a linha tem 22,5 quilômetros e apenas uma estação de recarga. O ideal para a operação do elétrico híbrido é ter uma estação de recarga da bateria a cada 10 quilômetros. Por ser uma demonstração, só temos uma estação instalada no trajeto”, explica Renan Schepanski, engenheiro de vendas da Volvo Bus Latin America.
Os testes devem ser concluídos em janeiro de 2017, e os engenheiros da Volvo estão bastante otimista com os resultados.