Imagem de Mariana Gil/EMBARQ Brasil
Após a redução das velocidades máximas nas Marginais Tietê e Pinheiros, novos índices foram divulgados e mostram mais reduções de acidentes e trânsito, onde muito se falava o contrário.
De acordo com dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), houve queda de 36% nos acidentes com vítimas – mortas e feridas nas vias. Já o índice de lentidão caiu 8% nas vias expressas, e 6% no resto da cidade.
A prefeitura de São Paulo chegou a conclusão após cruzar dados entre 20 de julho e 13 de setembro, com o período equivalente do ano passado. No horário da tarde, das 17 horas às 20 horas, a extensão média dos engarrafamentos chegou a cair 14%, de 47,7 km em 2014 para 40,9 km este ano.
Marcelo Blumenfeld, doutorando em engenharia de sistemas na Universidade de Birmingham (Reino Unido), em publicação no jornal “Folha de São Paulo” explica esta dinâmica.
“A questão do tráfego é complexa e depende de modelos macroscópicos (na escala da via) e microscópicos (na escala do motorista). Macroscopicamente, todo mundo sabe que quanto maior a velocidade, maior a distância de frenagem. Um carro a 90 km/h (25 m/s) precisa de 37 m para frear a zero, e de 23 m a 70 km/h (19,44 m/s). Incluindo um tempo de reação de um segundo, os valores sobem para 62 m e 42.44 m respectivamente. Se os carros precisam manter uma distância possível de frenagem, então um carro a 90 km/h requer quase 50% mais espaço de pista para que se mantenha a segurança. Portanto a capacidade máxima de carros aumenta 10% ao se diminuir a velocidade da via para 70 km/h”, relata Marcelo.
Especialista atribui reduções à crise
Por outro lado, o professor de engenharia de trânsito Creso de Franco Peixoto, da Fundação Educacional Inaciana (FEI) disse ao jornal “O Estado de São Paulo” que “do ano passado para cá, entramos em um período de resfriamento da atividade econômica, o que resulta em menos viagens e, como consequência, volume menor de veículos”, afirma.