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Metrô de Santiago: a América do Sul que funciona

A sensação é de que você pode chegar em qualquer lugar da cidade quando se usa o sistema de Metrô de Santiago, no Chile. Com uma extensão de 103 quilômetros e 108 estações, o sistema é o segundo maior da América Latina, ficando atrás apenas do metrô da Cidade do México. A demanda diária é de 2,3 milhões de passageiros. São cinco linhas em operação, com previsão de mais duas para os próximos anos.

O sistema de metrô de Santiago funciona como transporte de massa. Isso, na América do Sul, é um avanço que ainda não alçamos no Brasil. Acredito que a maneira de se locomover na cidade esteja diretamente relacionado com a forma como as pessoas interagem e se apropriam do lugar. Por isso, ao conhecer o metrô de Santiago, podemos também compreender um pouco dessa capital de mais de 6 milhões de habitantes, uma das metrópoles mais importantes das Américas.

Os carros do metrô estão sempre cheios. Não há dúvidas de que o sistema é usado para tudo e por todas as classes sociais. A linha 1 é a principal do sistema. A partir dela, é possível fazer praticamente todos os pontos turísticos de Santiago: Palácio Moneda, Cerro São Cristóbal e a casa do escritor Pablo Neruda.

Os mapas e as orientações para o uso do sistema facilitam muito a vida do turista. Uma das experiências mais interessantes é usar o metrô para visitar uma vinícola. Apesar de já estar na zona rural da cidade, a Concha Y Toro pode ser acessada, praticamente, pelo sistema metroviário. Basta pegar a linha 4 (Azul) do metrô de Santiago e descer na estação Plaza de Puente Alto. De lá, um táxi para a vinícola custará uns 3 mil pesos (pouco mais de 10 reais) e demorará cerca de 7 minutos.

Como as grandes cidades europeias – Londres, Berlim e Paris, em que o visitante pode se esbaldar pelo lugar usando o transporte público, asseguro a vocês que é bem possível conhecer Santiago usando o sistema de metrô. Eles, os chilenos, não são apenas simpáticos e receptivos. Os nossos irmãos da costa pacífica demonstram que é possível, na América do Sul, avançar em mobilidade urbana e qualidade de vida. Um exemplo a ser seguido pelo Brasil.

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Sobre o autor do post

Joanatha Moreira

John Moreira é morador do Rio de Janeiro, jornalista, 33 anos, apaixonado por mobilidade urbana e samba!

Via Trolebus