“As ciclovias estão vazias” ou “aqui não é Amsterdã”. Estas duas frases são as mais usadas por aqueles que não concordam com a política da prefeitura de São Paulo voltada ao ciclista. Porém, sabe-se que existe uma demanda reprimida no uso do modal.
A prova disso é um estudo feito pela Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), onde foram realizadas contagens de ciclistas: avenida Inajar de Souza, na Vila Nova Cachoeirinha (zona norte), e avenida Eliseu de Almeida, no Butantã (zona oeste), e também na rua Vergueiro, no Paraíso (centro).
O eixo da Avenida Eliseu de Almeida, onde o estudo foi feito em 9 de setembro, entre 6h e 20h, o total de ciclistas foi 888, o que representa um aumento de 53% comparado à contagem de 2012 (580). A média de ciclistas por hora foi de 63,42. Os horários de pico foram das 7h às 8h (113) e 17h às 18h (111).
Os primeiros 3 km da avenida Eliseu de Almeida foram entregues em junho desse ano pela subprefeitura do Butantã, após 10 anos de promessas do poder público. A ciclovia deve chegar até Taboão da Serra ainda em 2014, mas as obras ainda não começaram.
Já na Avenida Inajar de Souza foram registrados 1410 ciclistas em 15 horas de contagem, o que dá uma média de 94 ciclistas por hora. O total se manteve estável em relação ao ano passado (1413). Cabe lembrar que a estrutura ainda é isolada das demais ciclovias da cidade. Já na ciclovia da Vergueiro foram 1021 ciclistas contabilizados, uma média de 72,92 por hora.