Com a maior frota de trens antigos em operação do Metrô, o ramal que liga a estação Jabaquara ao bairro do Tucuruvi ganhou nesta semana o reforço de mais um trem modernizado: a composição J33, que totaliza 11 trens reformados na linha. Sete composições da frota I e 4 da frota J.
Ainda circulam pela linha 1-Azul 33 trens antigos, sendo 25 da frota A e 8 da frota D. A modernização de 98 trens do Metrô atrasou, e apenas metade da frota foi reformada, sendo que era previsto para este ano a conclusão dos trabalhos.
Ainda de quebra, a contratação das empresas é suspeita de irregularidades como o fracionamento de contratos. “O que era para ser uma coisa só acabou virando 10 contratos”, disse o promotor que investiga o caso, Marcelo Milani. Com isso, o valor inicial previsto, de R$ 1,622 bilhão, saltou para quase R$ 2,5 bilhões, um aumento de quase R$ 875 milhões, o que, para ele, tornou a reforma mais cara do que a compra de trens novos. “É um prejuízo ao erário evidente. Um prejuízo absurdo para os cofres públicos”, afirmou Milani.
Já o Metrô afirma, em nota, que o custo unitário de cada composição “saiu em torno de 60% de um trem novo, o que justifica a opção pela reforma”. “Os valores estão inseridos no contexto econômico financeiro da época em que os quatro lotes foram licitados (data-base 2008). A informação de que um trem modernizado custa 80% de um novo resulta de um cálculo absurdo, que ignora os custos de um trem novo em 2008 – época da licitação – e usa, para efeitos comparativos, o preço do trem em 2011, três anos depois do processo licitatório.”